domingo, 18 de agosto de 2013

Letras grandes em janelas escancaradas...

Estou de volta, enfim... Ora, escrever é preciso.

Após algumas repercussões interessantes a respeito do último post [intitulado "a questão não é você"], pretendo colocar novas ideias pra fora. 


Na verdade, neste novo texto continuar na mesma temática do texto anterior, porém vou começar de forma mais lúdica citando o trecho de uma canção chamada "Cartão Postal", interpretada pela cantora mineira Lorena Chaves, a qual diz:

"...Te coloco como um selo em mim pra outro ler
Letra grande, escancarada janela
Sob os meus pés as sandálias que gastei ao seguir...
Atravessar o mundo com Você dentro de mim
Levar na mala o Bilhete da Paz como um carteiro calado..." 


Primeiramente, o escritor da música começa dizendo que carrega consigo um selo pra que outros possam ler. Ou seja, ele se define como uma "carta ambulante" que tem impresso sobre si algo que ele deseja que todos vejam e entendam. Mais do que isso: todos devem ler em LETRA GRANDE, para que tanto os que estão perto quanto os que estão longe tenham a chance de ver aquilo que ele tanto deseja mostrar enquanto segue pela vida, gastando suas sandálias. Finalmente, ele quer atravessar o mundo com essa "companhia" dentro de si e levar um tal "bilhete da paz" sem precisar falar nada... E daí? 

Tudo isso é apenas poesia sem sentido? Versos aleatórios? Não exatamente; melhor dizendo, faz todo o sentido com o que quero falar.


Eu posso muito bem dizer, ao olhar para mim mesmo, que sou como o autor dessa música - alguém que carrega sobre si mesmo um Selo que deseja que todos leiam o que esse Selo diz em letra grande. Sou alguém que quer atravessar o mundo e que espera ver janelas sendo escancaradas na alma e na mente das pessoas ao meu redor. Na verdade, eu mesmo preciso estar com a minha mente e alma livres de fardos para que os outros vejam que essa liberdade é possível a elas também. Ao gastar as minhas sandálias por onde ando todo dia [na faculdade, nas ruas, em viagens etc.], quero levar o mesmo "bilhete da paz" que o poeta leva consigo. E, curiosamente, eu também gosto de silêncio - logo, faço questão de ser como aquele "carteiro calado". 

Mas que selo é esse?
Quem é que ele quer levar dentro de si enquanto atravessa o mundo?
Qual é esse "bilhete da paz"?
E essa coisa de ser como um "carteiro calado"?


Sendo bem direto, o selo que o poeta carrega não é um selo qualquer. Ele começa a música falando de uma certa "Carta Viva e Boa-Nova de amor", a qual está impressa sobre ele e que ele deseja que todos leiam em letra grande e pelas janelas escancaradas [de seus apartamentos, de suas casas e, acima de tudo, pelas janelas de seus corações provavelmente presos e oprimidos] - ora, uma boa notícia só faz sentido pleno se quem a recebe não tiver mais nenhuma esperança. Boas notícias são para miseráveis, perdidos em seus próprios conceitos e sem perspectiva de futuro. Boas notícias são para doentes. Isso me faz lembrar algo que Jesus Cristo disse certa vez: "os sãos não precisam de médico, mas sim os doentes... eu não vim chamar justos, mas vim chamar pecadores ao arrependimento..." [adaptado do Evangelho segundo Mateus, cap. 9, vs. 12 e 13]. 


Recebemos muitas boas notícias na vida - por exemplo, a aprovação no vestibular, o "sim" daquela garota de que gostamos de verdade, uma viagem pra Europa etc. - , mas nada pode ser comparado com o chamado de Jesus mostrado acima. A "Boa-Nova do Amor" nada mais é do que o amor de Deus pelos pecadores, por aqueles que estão doentes e que não podem curar a si mesmos. Enquanto esteve na terra, Jesus gastou as Suas sandálias ao seguir por vários lugares a fim de fazer com que os outros lessem a "Boa-nova" ao olharem para Seu exemplo e ao ouvirem Suas palavras. 

Ele levou consigo o "Bilhete da Paz" ao mostrar que Deus estava reconciliando o mundo consigo mesmo por meio de Sua morte na cruz e, posteriormente, pela sua ressureição. Além disso, Jesus quase sempre preferia que as pessoas não soubessem de certos sinais e milagres que fazia - Ele agia como se fosse aquele "carteiro calado", que prefere fazer o bem no anonimato do que ter os holofotes sobre si. Que admirável! 


Finalmente, em alguma parte da Bíblia pode-se ler que os seguidores de Jesus são chamados de "carta de Cristo" - uma carta conhecida e lida por todos os homens, porém escrita com o Espírito do próprio Deus. Isto é: nós não precisamos fazer propaganda de nós mesmos, de nossas próprias virtudes nem mesmo de nossa pretensa religiosidade superior. Devemos ser como "carteiros calados" que só abrem a boca para falar sobre a "Boa-Nova do Amor" e proclamar a mensagem do "Bilhete da Paz", mostrando que essa paz que carregamos é como uma "carta que não fala nada de nós" - o que interessa é simples e somente a graça Dele ao resgatar pecadores perdidos, a justiça Dele ao determinar juízo contra os que não se arrependem e a glória Dele por ser o autor supremo da salvação dos que creem. 

Enfim... Eu quero atravessar o mundo com Ele dentro de mim - pois a boca fala do que está cheio o coração e, se Ele é quem preenche o que está lá dentro, é Ele quem será visto aqui do lado de fora, esteja eu falando ou em silêncio. Em um mundo que está cada vez mais em guerra [nas ruas e dentro das almas das pessoas], o "Bilhete da Paz" que Ele me deu é cada vez mais oportuno - logo, se eu sei o que esse bilhete diz, eu preciso levá-lo por onde eu seguir e, dessa forma, o mal será subvertido pela Verdade - a Verdade Viva, a Verdade Eterna, a Verdade que tem um só nome: Jesus Cristo.



Que o Bilhete da Paz seja compartilhado em CAPS LOCK, e que as janelas se escancarem!





Pelo dom de subverter o mal com a Verdade,




Soli Deo Gloria!

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