quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Eternamente em meu coração...


Caros leitores...


Diferentemente dos posts anteriores, dedicarei esse espaço para fazer uma menção honrosa a este clube... Tão amado pelos seus torcedores (não é à toa que a sua torcida é denominada de "A Fiel", com artigo definido) e, simultaneamente, tão odiado pelos torcedores rivais...

Sim... O Corinthians, bem como os corintianos, incomodam até quando estão calados... A sua existência é suficiente para causar desespero nos demais grupos de torcedores, pois esses outros não conseguem amar seus clubes como nós amamos o nosso Corinthians...

Sim, o poeta Toquinho já dizia:

"...Ser corintiano é ir além de ser ou não ser o primeiro...
...Ser corintiano é ser também um pouco mais brasileiro..."

Além disso, outras frases podem arriscar definir o que é ser Corinthians:

"Ser Corinthians é fazer um casamento: na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, até que a morte (n)os separe..."

"O Corinthians é mais do que um time que nas quartas e nos domingos se apresenta... O Corinthians é parte do meu mundo e a minha própria vida representa..."

"O amor é sofredor... o amor jamais acaba... Se formos infiéis, Ele permanece fiel..." 

Trocadilhos à parte (até na Bíblia podemos encontrar esse nome tão belo --- leia uma Bíblia em inglês e você verá dois livros do NT chamados "Corinthians"... O mais curioso de tudo é que esses livros foram escritos pelo Apóstolo S. Paulo... melhor, Apóstolo Paulo! rs)

Enfim... parabéns ao maior clube do mundo... à nossa querida nação, à República Popular do Corinthians!!!!!!!



Soli Deo Gloria!

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Divulgando um ministério muito especial...

Caros leitores,

Estou aproveitando esse espaço para divulgar esse ministério que tanto admiro e que um dia será parte de minha vida...



O Brasil Música e Missão teve início aqui no Brasil em 2005, no entanto desde 2004 tem trabalhado em parceria com o Alfa e Ômega em projetos missionários. Ao todo, já são sete projetos com o Alfa e Ômega e um com o ministério Gerando Vida, que trabalha com implantação de igrejas.

Mas além de projetos e congressos, o BMM também realiza treinamentos e eventos em igrejas e universidades. Atualmente, quatro missionários de tempo integral compõem a equipe, além de cerca de 15 voluntários (músicos, cantores e profissionais na área de mídia – vídeo, fotos e produção de materiais), com a missão de capacitar pessoas com um coração disposto a servir, com autenticidade, usando seus dons e talentos com criatividade e excelência, gerando assim artistas conscientes de que eles podem fazer o melhor para Deus.


Estejam orando por esse ministério que procura usar a arte de maneira cristocêntrica e plena para anunciar Cristo a todo homem!




Soli Deo Gloria!

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

O chamado do evangelho - por Paul Washer

Caros leitores,


Segue um link de uma mensagem chocante que assisti esses dias, junto com a Elem Mare (uma grande parceira de conversas sobre Deus e teologia!)




Assistam e guardem o que Ele falar ao coração e à mente de vocês!!!!



Soli Deo Gloria!

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

A supremacia da música sobre a letra (ou vice-versa) - por Joêzer Mendonça

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O que tem mais impacto sobre uma pessoa? A música ou a letra da música? Essa é uma pergunta de difícil resposta e não raro vemos gente defendendo a supremacia da música sobre a letra ou vice-versa. A letra, é claro, não é algo desimportante. No entanto, mesmo quando a letra e a música estão muito bem conjugadas, determinada letra pode não ser bem compreendida ou tal música pode não representar bem as expectativas do público.

Por exemplo, Tom Jobim foi inacreditavelmente vaiado no III Festival Internacional da Canção (1968), quando sua música "Sabiá", de harmonia sofisticada e letra lírica, venceu a simples e direta "Pra não dizer que não falei das flores", dos versos “Caminhando e cantando e seguindo a canção...” Para a plateia, a letra parecia o elemento principal da estética musical. Apesar de não ser um festival da "canção mais politizada", os apupadores desqualificaram a melodia, o arranjo e a poesia de "Sabiá", mesmo que esta trouxesse, nas suas entrelinhas, o lamento de um sujeito forçado ao exílio. O contexto sociopolítico da época "exigia" uma letra e um estilo musical que explicitassem os anseios ideológicos da plateia. No entanto, o júri não deu ouvidos à voz rouca dos festivais e premiou a canção de Jobim e Chico, considerada estruturalmente mais apurada.

Na música cristã, o debate é um tanto semelhante. Alguns defendem que a escolha do estilo musical é de ordem primordial para a adoração, sendo que os temas da cristandade devem ser tratados por meio de uma música alegre ou reverente ou alegremente reverente. Para esses, a letra religiosa merece estilos musicais que inspirem religiosidade ou estejam tradicionalmente relacionados à alegria tranquila ou à solenidade sem artifícios. Outros creem que a letra, ao tratar de temas cristãos, "sacraliza" de antemão qualquer estilo musical, pois a força literária prevalece sobre o impacto estritamente musical. O gênero musical estaria a serviço de um bem maior, a evangelização contextualizada, capaz de atingir diferentes nichos culturais. 

Há duas questões complementares aqui. Primeiro, nem todo estilo musical pode servir adequadamente à mensagem de uma letra. No caso da MPB, Carlos Lyra, ao ligar-se aos movimentos de resistência política universitária nos anos 60, renunciou à bossa nova, pois acreditava que esse estilo, referencialmente rebuscado, com influências jazzísticas e letras que versavam sobre "o amor, o sorriso e a flor", não funcionava como música de confronto e de protesto. A rusticidade do baião e do samba, além de associados a uma suposta raiz nacional e ao homem do povo, serviria melhor aos propósitos ideológicos dos movimentos da época.

Quem acredita que nem todo estilo musical é apropriado para os momentos  de adoração coletiva, pode perguntar: se a bossa nova foi considerada um elemento refinado e doce demais para as durezas da confrontação política, então o pagode ou a axé-music, por conta de suas referências, são realmente adequados para expressar os temas cristãos nos cultos? Bastaria enunciar uma letra religiosa para “cristianizar” esses estilos?

Nossa recepção a uma canção é afetada pelas referências que ela traz. Quanto a isso, não é possível ficar imune. Numa época de saturação audiovisual como a nossa é difícil negar a referencialidade cultural presente numa música. Talvez o cantor ou o compositor cristãos não queiram que alguém se obrigue a fazer associações estilísticas ao ouvir uma canção, mas eles também não podem evitar que alguém venha a fazê-las.

Em segundo lugar, o êxito de um estilo musical na transmissão de uma mensagem cristã depende tanto do local e tipo de evento religioso quanto da cultura musical do público. A evangelização contextualizada, aquela que procura "ser grega para os gregos e romana para os romanos", a fim de alcançar alguns dentre todos, não é facilmente criticável. Há resultados válidos, mas também vale alertar para o perigo do pragmatismo inquestionável, o evangelismo utilitário que abre espaço para qualquer forma musical sem levar em conta o público, o local e o evento (a quem se destina, aonde é realizado e qual a natureza do evento).

Ademais, alguns músicos abusam de efeitos vocais, performances cênicas e letras que, nem sempre injustamente, são considerados desonrosas para a mensagem cristã. Não posso concordar com a vã separação que se tenta fazer entre música e letra de uma canção. Ora, uma canção é exatamente a conjunção de letra e música. Nem sempre é válido analisar uma letra à parte de sua melodia, de seu arranjo e, por vezes, até da interpretação vocal de quem está cantando. O argumento de que a forma musical é irrelevante diante do conteúdo que se transmite nas letras, complementada por uma negligência em relação à cultura e às expectativas litúrgico-musicais de uma congregação, revela não apenas um modo obtuso de pensamento musical, mas também um modelo superficial de pensamento evangelístico.






Soli Deo Gloria!

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Um evangelho escandaloso - por Paul Washer

“Não me envergonho do Evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego.” Romanos 1:16
Paulo, na carne, tinha razões para se envergonhar do Evangelho que pregava, porque contradizia tudo o que se cria ser verdadeiro e sagrado entre os seus contemporâneos. Para os judeus, o Evangelho era a pior blasfêmia porque reivindicava que o Nazareno que morreu amaldiçoado no Calvário era o Messias. Para os gregos, era o pior absurdo porque reivindicava que este Messias Judeu era Deus feito carne. Assim, Paulo sabia que quando abrisse a boca para falar o Evangelho, seria completamente rejeitado e ridicularizado, desprezado, a menos que o Espírito Santo interviesse e se movesse nos corações e mentes dos seus ouvintes. Nos nossos dias, o Evangelho primitivo não é menos ultrajante, pois ainda contradiz os princípios, ou os “-ismos”, da cultura contemporânea: o relativismo, o pluralismo e o humanismo.
NÃO É TUDO RELATIVO
Vivemos na era do Relativismo – um sistema de crenças baseado na absoluta certeza de que não há absolutos. Hipocritamente aplaudimos homens que buscam a verdade, mas executamos em praça pública qualquer um que seja arrogante o suficiente para acreditar que a encontrou. Vivemos numa era de trevas auto-impostas, e a razão disso acontecer é clara. O homem natural é uma criatura decaída, é moralmente corrupto, obstinado na sua autonomia (i.e., no seu auto-governo). Odeia a Deus porque Ele é Justo, e odeia as Suas leis porque censuram e restringem a sua maldade. Ele odeia a verdade porque revela o que ele realmente é. Ele quase acaba com o que ainda permanece na sua consciência. Portanto, o homem decaído busca empurrar a verdade – especialmente a verdade sobre Deus – para o mais longe possível. Ele vai até onde for preciso para suprimir a verdade, mesmo a ponto de fingir que tal coisa não existe ou que, se existe, não pode ser conhecida nem ter alguma coisa a ver com as nossas vidas. Não é Deus que se esconde, é o homem. O problema não é o intelecto, é a vontade. Como um homem que esconde a sua cabeça na areia para evitar o ataque de um rinoceronte, o homem moderno nega a verdade de um Deus justo e os Seus absolutos morais, na esperança de silenciar a sua consciência e de esquecer o julgamento que ele sabe ser inevitável. O Evangelho cristão é um escândalo para o homem e para a sua cultura, porque faz a única coisa que ele mais quer evitar – desperta-o do seu auto-imposto “sono” para a realidade da sua situação decaída, da sua rebelião; chama-o à rejeição da sua autonomia e à submissão a Deus, através do arrependimento e fé em Jesus Cristo.
NÃO ESTÃO TODOS CORRETOS
Vivemos numa era de Pluralismo – um sistema de crenças que põe fim à verdade, declaran do que tudo é verdade, especialmente no que diz respeito à religião. Pode ser difícil para o cristão contemporâneo entender, mas os cristãos que viveram nos primeiros séculos da fé foram marcados e perseguidos como se fossem ateus. A cultura que os envolvia estava imersa em teísmo. O mundo estava cheio de imagens de deuses, a religião era um negócio crescente. Os homens não só toleravam os deuses uns dos outros, como também os trocavam e partilhavam. O mundo religioso ia muito bem até chegarem os cristãos e declararem que “deuses feitos com as mãos não são deuses.” Eles negaram aos Césares as honras que eles exigiam, recusaram dobrar os joelhos aos outros ditos “deuses”, e confessaram Jesus apenas como Senhor de tudo. O mundo inteiro assistiu boquiaberto a tal arrogância e reagiu com fúria contra a intolerável intolerância dos cristãos à tolerância.
Este mesmo cenário abunda no nosso mundo hoje em dia. Contra toda a lógica, dizem-nos que todas as posições em relação à religião e moralidade são verdadeiras, não importa quão radicalmente diferente se contraditórias possam ser. O aspecto mais espantoso de tudo isto é que, através dos incansáveis esforços da mídia e do mundo acadêmico, isto rapidamente se tornou a opinião da maioria. Contudo, o pluralismo não lida com o problema nem cura a maleita. Apenas anestesia o paciente para que já não sinta nem pense mais. O Evangelho é um escândalo porque despertao homem do seu sono e recusa-se a deixá-lo descansar numa base tão ilógica. Força-o a chegar a alguma conclusão – “Até quando vão coxear entre dois pensamentos? Se o SENHOR é Deus, sigam-no; mas se é Baal, sigam-no.”
O verdadeiro Evangelho é radicalmente exclusivo. Jesus não é “um” caminho, mas “o” caminho. E todos os outros caminhos não são o caminho. Se o cristianismo desse mais um pequeno passo que fosse no sentido de um ecumenicalismo mais tolerante, e trocasse o artigo definido “o” pelo artigo indefinido “um”, o escândalo desapareceria; o mundo e o cristianismo podiam ser amigos. Contudo, quando isto acontecer, o cristianismo deixou de ser cristianismo. Cristo é negado e o mundo fica sem Salvador.
O HOMEM NÃO É A MEDIDA
Vivemos numa era de Humanismo. Nas últimas décadas, o homem tem lutado para expurgar Deus da sua consciência e da sua cultura. Derrubou todos os altares visíveis ao “Único Deus Vivo” e ergueu monumentos para si mesmo, com o zelo de um religioso fanático. Fez de si próprio o centro, a medida e o fim de todas as coisas. Louva o seu mérito inato, exige honra à sua auto-estima e promove a sua auto-satisfação e auto-realização como o maior bem. Justifica a sua consciência culpada com os resquícios de uma antiquada religião de culpa. Procura livrar-se de qualquer responsabilidade pelo caos moral que o envolve, culpando a sociedade, ou pelo menos a parte da sociedade que ainda não atingiu o seu nível de entendimento. A mínima sugestão de que a sua consciência pudesse estar certa no seu testemunho contra ele, ou que ele pudesse ser responsável pelas quase infinitas doenças que há no mundo, é impensável. Por este motivo, o Evangelho é um escândalo para o homem decaído, pois expõe a sua ilusão acerca de si mesmo e convence-o da sua situação decaída e da sua culpa. Esta é, essencialmente, a “primeira ação” do Evangelho; é por isso que o mundo detesta tanto a pregação do verdadeiro Evangelho. Arruína a sua festa – estraga prazeres – destrói a sua fantasia e expõe que “o rei vai nu”.
As Escrituras reconhecem que o Evangelho de Jesus Cristo é uma “pedra de tropeço” e “loucura” para os homens, em todas as gerações e culturas. Contudo, tentar remover o escândalo da mensagem é invalidar a cruz de Cristo e o seu poder salvador. Temos que entender que o Evangelho não apenas é escandaloso, mas que é suposto que o seja! Através da loucura do Evangelho, Deus destruiu a sabedoria dos sábios, frustrou a inteligência das grandes mentes e abateu o orgulho de todos os homens, para que no fim nenhuma carne se possa gloriar na Sua presença, mas como está escrito: “Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor.”
O Evangelho de Paulo não só contradizia a religião, a filosofia e a cultura dos seus dias, mas declarava-lhes guerra. Recusava tréguas ou tratados com o mundo e satisfazia-se com nada menos do que absoluta rendição da cultura ao senhorio de Jesus Cristo. Fazemos bem em seguir o exemplo de Paulo. Temos que ser cuidadosos para evitar qualquer tentação de conformarmos o nosso Evangelho às modas de hoje ou aos desejos de homens carnais. Não temos o direito de deturpar, de suavizar a sua ofensa nem de civilizar as suas exigências radicais, para o tornarmos mais atraente a um mundo caído ou a carnais membros de igrejas. As nossas igrejas estão cheias de estratégias para serem mais “agradáveis”, pondo o Evangelho noutra embalagem, removendo a pedra de tropeço e amaciando o gume da espada, para ser mais aceitável aos homens carnais. Devemos ser sensível ao que busca, mas devemos perceber que: há só Um que busca e este é Deus. Se nos esforçamos para fazer nossas igrejas e mensagens confortáveis, façamos confortáveis para Ele. Se queremos erguer uma igreja ou ministério, vamos fazê-lo com uma paixão por glorificar a Deus e com um desejo de não ofender a Sua glória. Não importa o que o mundo vai pensar de nós! Não buscamos honras na terra, mas a honra do céu deve ser o nosso desejo.




Soli Deo Gloria! 

domingo, 14 de agosto de 2011

Motivação para missões: qual é a sua?




Caros leitores,

Mais uma vez, quero sugerir uma mensagem muito relevante para quem se interessa por missões... O link é mostrado abaixo:





Então: o que nos move é apenas o desejo de conhecer um lugar diferente ou outra vontade pessoal (embora isso possa ser lícito) ou desejamos glorificar a Deus através da pregação do evangelho de Jesus Cristo?

Sim, como Jesus mesmo disse: "...foi-me dado todo o poder nos céus e na terra... portanto, INDO, façam discípulos de todas as nações..." (Mateus 28:18-19a)

Essa é a motivação para missões!




Soli Deo Gloria!

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

sábado, 6 de agosto de 2011

Artistas cristãos em um mundo secular - por Bob Kauflin

Com o passar dos anos tenho encontrado mais de meia dúzia de irmãos tentando lidar com a ideia de estarem envolvidos com “música secular”, sendo cristãos. E este é um longo debate. Mas, enquanto convivo com gente que tenta entender a vontade de Deus para esse grande dilema, pude perceber alguns princípios que podem ser aplicados além da área específica da música. Os músicos não são as únicas pessoas com esse tipo de problema.

O que quero dizer é:
  • E um cineasta cristão? Ele ou ela só poderão participar de festivais de filmes cristãos??
  • E um cara com dom para poesia beat¹? Ele terá de se afastar de saraus em ambientes seculares?
  • E um escritor trabalhando em um romance? Quanto “material cristão” será necessário em seu livro?
Então, o que devemos pensar sobre cristãos estarem envolvidos em movimentos “seculares”? É sempre errado? É algo que devemos incentivar?

Quero listar alguns pensamentos que tenho compartilhado ao longo dos anos com pessoas que estavam tentando achar a vontade de Deus para suas vidas, na área da música; mas não acho que é difícil ver conexões com outras áreas, como arte, cinema, etc.

Então, vamos explorar esses princípios juntos.


A questão mais importante


O ponto mais importante para questionar (e, às vezes, o mais difícil de responder) é: “Quais são os meus motivos para querer me envolver com a música secular?” A Palavra de Deus é clara: “Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus” (1 Co 10.31). Isso inclui a nossa arte.

Embora eu nunca presuma que os motivos de alguém serão completamente puros, existe uma diferença significativa entre quem vive para tocar nos palcos e quem vive para servir aos outros com seus dons.

Se houver qualquer dúvida sobre porque quero tocar fora da igreja, é uma boa ideia pedir a pessoas a quem respeito uma avaliação honesta dos meus motivos.

Redefinindo "sucesso"

 
O sucesso de um cristão no mercado não é, de nenhuma maneira, sinal de que o Reino está avançando ou que o Evangelho está sendo proclamado. O ímpio pode ser rico e famoso também (Sl 73.12).

Um hit não é necessariamente um sinal da bênção de Deus. Pode ser resultado de uma boa divulgação ou de uma grande musicalidade. Em muitas músicas que misturam o secular e o cristão, a letra falha em comunicar qualquer coisa que a distinga como cristã. Além disso, quando uma canção cristã se torna popular, as pessoas podem presumir que não há diferença entre músicos seculares e cristãos – é tudo sobre música e dinheiro.


Redefinindo "secular"

Uma música secular não é necessariamente anticristã ou ateia.

Há inúmeros exemplos de canções populares que apresentam valores morais, perspectivas profundas e comentários significativos sobre a vida e que não façam referência direta às Escrituras. O sucesso de músicas como I Can Only Imagine, Butterfly Kisses”, e Meant to Live é clara evidência disso. (E, se você não gosta dessas músicas… apenas continue comigo nesse argumento…). Podemos usar nossa música para entreter, sem glamourizar ou promover os ídolos do materialismo, orgulho e egocentrismo.

Julgando Caridosamente

À distância, não podemos estar corretos quanto às motivações de um artista.

Enquanto podemos tirar conclusões sobre a vestimenta de alguém, sua linguagem, atitudes e ações, é difícil dizer a diferença entre um rebelde não salvo e um crente desinformado. Poucos de nós se sairiam bem se os detalhes de nossas vidas fossem publicados para milhões de pessoas lerem e criticarem. Isso não significa que os músicos que se declaram cristãos estão acima da avaliação ou julgamento público. Significa apenas que, na maioria dos casos, devemos focar mais nas diferenças do que em expressar julgamentos finais. No mínimo, nossas orações por um artista devem ser iguais à nossa crítica pública.

Sem desculpas para renunciar

Estar envolvido na música secular não é justificativa para abandonar a igreja ou minimizar nossa fé.

Um músico cristão pode não cantar abertamente sobre a salvação ou a cruz, ou não tocar música composta por cristãos. Mas nunca podemos afirmar que o nosso cristianismo fica em segundo plano e a nossa musicalidade em primeiro. Não existem músicos que por acaso são cristãos. Nossa identidade como cristãos deve direcionar tudo o que fazemos. Assim como Paulo, devemos estar aptos a dizer: “Para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro” (Filipenses 1.21)

Em um pequeno e desafiador livroentitulado Imagine: A Vision for Christians in the Arts, Steve Turner escreve: “Às vezes eu escuto cristãos justificarem a menção de seus pontos fracos em sua arte porque ‘Eu sou um pecador, como qualquer outro’. Isso não é verdade. O cristão não é um pecador como qualquer outro porque o cristão é um pecador perdoado, e isso altera sua relação com o pecado”. Basicamente, a cruz muda tudo. O Evangelho redefine as nossas prioridades, redireciona as nossas paixões, e reformula nossa visão de mundo. Agora vivemos toda a nossa vida “pelas misericórdias de Deus” (Rm 12.1).

A Influência do Evangelho

O mundo precisa ver, em todas as áreas, pessoas que tenham sido genuinamente transformadas pelo Evangelho.

Músicos cristãos inseridos no mercado secular têm a oportunidade de influenciar não-cristãos não apenas com suas músicas, mas com suas vidas. Deus pode ter dado a eles a oportunidade de compartilhar o Evangelho com pessoas que não seriam alcançadas de nenhuma outra maneira. Kerry Livgren e Dave Hope são dois artistas que têm feito a diferença nesse sentido. E existem muitos outros. Alguns cristãos servirão à igreja na igreja. Outros servirão à igreja fora dela. Ambos mostram através de suas vidas que Jesus é o único Salvador e o Soberano do Mundo.


Considerações Finais
Nem todas as músicas escritas e cantadas por critãos precisam expor todo o Evangelho.
Russ Bremeier, em uma de suas colunas Music Connection², escreveu:
Algumas músicas falam explicitamente do Evangelho, e outras apenas plantam uma semente que pode levar ao Evangelho. Nossa arte é um reflexo da diversidade que somos como corpo de Cristo. Se ela é usada na igreja, no rádio, num programa de televisão, ou mesmo em um anúncio de 30 segundos, podemos ficar descansados sabendo que Deus pode usar a música que fazemos em inúmeras maneiras de servir a seus propósitos.
Pode haver músicas de todos os tipos, escritas sob a perspectiva daqueles que vivem à luz das alegrias e realidades do céu.

Eis o que importa: Conheça seu coração e procure fazer música para a glória de Jesus Cristo, não importa onde você a execute. Nossa arte não é sobre nós. Trata-se, em primeiro lugar, de chamar a atenção para o Deus que nos deu dons como a música. No final das contas, nenhum outro tipo de arte irá permanecer.


Extraído de: http://canteasescrituras.com/


Soli Deo Gloria!