sábado, 30 de julho de 2011

Convite a uma vida de sacrifícios - Paul Washer




Hoje a postagem é mais curta...


Assistam, parem de olhar esse blog e morram pregando o nome de Cristo em algum lugar!!!!


Estou fazendo meu logout!!!!!



Soli Deo Gloria!


segunda-feira, 25 de julho de 2011

24-7... 24-SEMPRE...

24/7 Olhão



24-7... 24-SEMPRE..

Esse trocadilho é a sentença que melhor se aproxima daquilo que ficou nos corações de todos os estudantes que estiveram na 4ª edição do 24-7 do Movimento Alfa e Ômega Bahia..

Sincera e particularmente, acho que minha segunda jornada 24-7 foi mais ou menos semelhante à experiência do profeta Elias na caverna quando ele estava fugindo da profetisa Jezabel (se não me falhe a memória rsrs)... Nessa narrativa bíblica, Elias ficou com medo das ameaças de morte daquela profetisa e fugiu para lugares escondidos (no caso, cavernas no deserto)... De repente, Elias espera que Deus venha ao seu encontro e ele presencia vários sinais: vento forte, fogo, etc... Mas Deus não estava em nada disso... Depois de tantas "pseudo-teofanias", surge uma brisa suave e ecoa uma voz: "Que fazes aqui, Elias?"

Sim, Deus se manifestou de maneira sutil, doce, sem estardalhaços ou coisas mirabolantes (pelo menos para mim)... Uma conversa da madrugada, bons minutos de intensa oração, um tempo de louvor, um estudo bíblico, uma discussão teológica saudável, a hora do lanche, algumas audaciosas tentativas de manifestação artística no mural de livre expressão...

É como a própria Bíblia diz: "...e tudo quanto fizerdes, quer por palavras ou por obras, fazei tudo em nome do Senhor Jesus, dando graças a Deus Pai por meio dele..." (Col. 3:17) e "...quer comais, quer bebais, ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus..." (1 Cor. 10:31)

Muitas outras coisas aconteceram durante o 24-7 que não pertencem a nosso plano material... Ora, Deus também cumpre Seus propósitos eternos por meio de seus filhos, especialmente quando estes oram sem cessar e investem o melhor de seu tempo para conhecer a Sua Palavra e, dessa forma, a Sua vontade...

Bem... talvez meu resumo do que foi a última semana seja quase absolutamente insuficiente para exprimir o significado de tudo o que foi experimentado... Pois nada pode ser melhor do que ler a Bíblia e orar... Como diz o salmista: "...os teus testemunhos tenho eu tomado por herança para sempre, pois são a alegria do meu coração..." (Sal. 119:111) e "...com todo o meu coração te busquei; não me deixes desviar dos teus mandamentos..." (Sal. 119:10)...

Resta-nos apenas confiar na graça de Deus para que, em meio a todas as turbulências de nossa rotina, tenhamos o foco de viver 24-SEMPRE!



Soli Deo Gloria!

segunda-feira, 18 de julho de 2011

24-7... prayer, mission, justice...

24-7


Bem...

No último dia 15 de julho começou a jornada 24-7 do Movimento Estudantil Alfa e Ômega Bahia...

Eu, depois de uma semana bastante agitada, reservei duas noites (e depois nas madrugadas) para estar com bons amigos e, especialmente, estar com Deus...
Ora, 24-7 é exatamente isso: estar com Deus, desfrutar de Deus, ouvir Deus, adorar a Deus com temor e intimidade, com reverência e liberdade... É ser confrontado pela graça Dele, é ser confortado pela fidelidade Dele, é ser constrangido pela soberania Dele, é perceber que Ele quer fazer com você exatamente aquilo do que ainda não há certeza, talvez por medo ou mesmo por insensibilidade... (Projeto Itália 2012!)

É... eu ainda estou processando muita coisa do que foi falado, compartilhado e apresentado a Deus...
Por isso, quero passar lá todos os dias da minha semana... Em meio a tantos compromissos externos, meu desejo é estar com Deus e fazer disso o meu deleite...

Como diz certo teólogo (carinhosamente chamado por mim de J.P): "...devemos entender que o deleite em Deus é o nosso dever..." (John Piper! rs)
Ou, como diria o nobre Agostinho: "...Ó Deus, Tu nos fizeste para Ti, e os nossos corações jamais encontrarão descanso enquanto não nos voltarmos para Ti..."

No final das contas, recomendo aos leitores a leitura do meu salmo favorito: o 119! (Sim, aquele que tem quase 180 versículos...)

"...Não me esquecerei da Tua palavra... Meditarei nos Teus estatutos... Desejo ardentemente os Teus preceitos... Pela Tua palavra preservas a minha vida... Eu te busco de todo o meu coração... guardarei os Teus mandamentos sempre até o fim..."

No mais... não vejo a hora de estar lá novamente!!!!!


Soli Deo Gloria!

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Confissão de pecados para músicos - por Stênio Marcius


Confessamos e suplicamos arrependimento por termos nos desviado do Senhor Deus e da essência de nosso chamado...

Confessamos e suplicamos arrependimento porque muitos de nós “ministramos” sem ter certeza da salvação, sem ter passado pelo Novo Nascimento...

Confessamos e suplicamos arrependimento porque misturamos nossas iniquidades ao ajuntamento solene, causando repulsa ao Senhor Deus...

Confessamos e suplicamos arrependimento por considerarmos a Casa de Deus um lugar comum e não uma Casa de Oração...

Confessamos e suplicamos arrependimento porque não vamos ao culto para adorar humildemente mas para “sermos vistos pelos homens”...

Confessamos e suplicamos arrependimento porque não usamos os dons que recebemos do Espírito Santo de Deus para servir a Igreja mas para nos exaltarmos acima de nossos irmãos...

Confessamos e suplicamos arrependimento porque ousamos tentar preencher a ausência do Espírito Santo nos cultos com nossas performances pseudo-piedosas...

Confessamos e suplicamos arrependimento porque nos últimos vinte ou trinta anos nossas músicas e ministérios não tem produzido temor e conhecimento de Deus, nem mais santidade em nós e em nossos irmãos, nem conversões genuínas, e muito menos promovido a glória devida ao Senhor nosso Deus...

Confessamos e suplicamos arrependimento porque se o meigo Filho de Deus entrasse hoje em nossas reuniões, Ele quebraria nossos instrumentos, derrubaria no chão nossos equipamentos de som e chutaria nossos holofotes e diria: “Tirem daqui essas coisas! A Casa de meu Pai não é lugar de show!”...

Confessamos e suplicamos arrependimento por que não honramos a Palavra de Deus em nossas canções mas temos ensinado todo tipo de coisa estranha, humanista, antropocêntrica, sensorial, sensual, que nada tem a ver com a sã Doutrina...

Confessamos e suplicamos arrependimento por gostarmos de ser tratados como “ídolos” por nossos pobres irmãos e de ver que eles se aproximam de nós tremendo para pegar autógrafos como se fossemos “celebridades”...

Confessamos e suplicamos arrependimento porque chegamos depois que o culto começa e saímos antes que acabe pois se nossos irmãos conseguirem falar conosco, saberão que somos vazios e tudo em nós é só aparência...

Confessamos e suplicamos arrependimento porque mercadejamos nossos dons, talentos e ministérios, trazendo desonra e escândalo ao Deus que dizemos servir...

Confessamos e suplicamos arrependimento porque somos semelhantes a Igreja de Laodicéia; pensamos ser ricos, abastados não precisando de coisa alguma, e nem imaginamos que somos infelizes, miseráveis, pobres, cegos e nus...

Confessamos e suplicamos arrependimento porque tiramos o púlpito de nossas igrejas, elevamos as plataformas, enchemos tudo com canhões de luz e criamos coxias e assim o ensino e pregação da Palavra de Deus ficou em 3º ou 5° plano...

Confessamos e suplicamos arrependimento porque embora cansados e empapuçados com nossas canções e ministérios não temos a coragem de parar, refletir e ver aonde tudo isso tem nos levado a nós e ao pobre povo que ainda ouve nosso badalar de sino...

Confessamos e suplicamos arrependimento porque temos roubado a glória que só ao Senhor Deus pertence e temos acumulado sobre nós mesmos terrível juízo...

Confessamos e suplicamos arrependimento porque deveríamos “pendurar nossas harpas nos salgueiros e chorar junto aos rios de Babilônia” até que a Igreja do Deus vivo fosse expurgada de toda a vaidade que promovemos no meio dela...

Confessamos e suplicamos arrependimento porque deveríamos parar com tudo o que estamos fazendo e talvez passar um ano ou mais cantando só os hinos tradicionais ao som do órgão até que sejamos convertidos e restaurados pelo Senhor Deus!


Que o Senhor tenha misericórdia de nós!



   Extraído de: www.canteasecrituras.com 


Soli Deo Gloria!

terça-feira, 5 de julho de 2011

Música evangélica (?) - por Gerson Borges

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Tem muita coisa boa nisso tudo que temos visto e OUVIDO por aí... E tem muita coisa (para mim) absolutamente desnecessária, descartável, lixo religioso mesmo, sem medo de soar arrogante e presunçoso. Quem quiser me descartar que o faça. Pode. Deve. Mas não preciso argumentar ou provar nada: peguem e ouçam. Falo de um ponto de vista teológico-espiritual (conteúdo bíblico, coerência com o histórico ensino bíblico cristão, reformado e evangélico), de um ponto de vista estético (melodias óbvias, harmonias do tipo ctrl+c, crtl+ v, letras de mau gosto, ou seja, as fórmulas repetitivas dos clichês, clichês e mais clichês).

É: o BUSINESS tomou conta e as gravadoras seculares apostam no "Gospel" como a salvação da bancarrota fonográfica na era da pirataria e do download ilegal. "Você adora, a Som livre vende". Argh… Ricardo Barbosa está certíssimo: "Quem define o que cantamos no domingo são os executivos das gravadoras".

Essa semana, Hans Kung me acordou com um soco: "Será que tudo isso é "Cristão"? Só se for em um sentido tradicional, superficial, falso (…) nada disso é "Cristão" no sentido mais profundo, verdadeiro, original da palavra. Nada disso é verdadeiramente cristão: nada tem a ver com Cristo, em cujo nome se baseia". (Por que ser cristão hoje?, Ed Verus, p. 21).

Parafraseando, nada disso, esse mercantilismo, essa mc donaldização do culto comunitário, esse louvor fast food, essa droga de música e essa música-droga, ópio do povo (basta ver quem são os principais consumidores desses cds, dvds e shows…), isso NÃO É MÚSICA EVANGÉLICA. Tudo o que for genuinamente evangélico tem de dar na forma e no conteúdo UMA BOA NOTÍCIA. Da parte de Deus.

Isso, essa música banal, não tem (a) Beleza, isso não tem (a) Verdade. Isso não anuncia a Graça de Deus e o Deus da Graça, isso não está a serviço e a favor dos valores do Reino de Deus, isso não prega Jesus Crucificado, isso não pastoreia e edifica a sua Igreja. Isso é coisa de Mamom, é "dança ao redor do Bezerro de Ouro" (Eugene Peterson).

Música (e arte) Evangélica deveriam trazer consigo SABEDORIA. Isso, arte-sabedoria, foi magistralmente sintetizado por Harold Bloom: "esplendor estético, força intelectual e as nossas necessidades de beleza, verdade e discernimento". (Onde encontrar a sabedoria?, Ed. Objetiva, p. 13).

Encontro essa sabedoria nos Salmos, nos hinos protestantes, das letras esplêndidas de Guilherme Kerr, Sergio Pimenta e Stênio Marcius.

Música (e arte) Evangélica deveriam trazer consigo POESIA. Poesia é susto, invenção, novidade genial, artimanha e engenhosidade criativa. Poesia, saibam os senhores, é muito mais que rimas. Poesia é olhar a vida com olhos de criança, olhos de Deus: "Talvez o amor e a natureza foram desde muito cedo as jazidas da minha poesia", escreveu Pablo Neruda (Confesso que vivi - memórias, Ed. Difel, p. 12).

Poesia evangélica? Adélia Prado responde:
"Pensava assim:
Se a cama for de ferro e as panelas,
o resto Deus provê:
é nuvem, sonho, lembranças. "
(Terra de Santa Cruz, Ed. Record, p. 43)

Eu sei que corro perigo aqui. Por isso recorro a Ferreira Gullar: "Não pode nenhum poeta - nem ninguém ter a pretensão de estabelecer regras e rumos para a poesia (…) a produção do poema é absolutamente impossível de prever-se. " (Sobre arte, sobre poesia, Ed. José Olympio, p. 157) Mas que a poesia da canção Evangélica requer a leveza, a originalidade e a profundidade das Parábolas de Jesus, poemas de ouro, maravilhas teológicas e literárias, ah, isso requer e não tem conversa. Encontro essa poesia nas letras subversivamente cristãs de Gladir Cabral e Paulo Nazareth (Crombie).

A verdadeira Música Evangélica é PARA A IGREJA E (sobretudo) PARA O MUNDO, A CULTURA. Pode(ria) e deve(ria) ser cantada, entoada à boca grande em todo e qualquer lugar. É como as palavras do Eclesiastes, O Livro de Jó, as Doxologias de Paulo: poemas. Verdade de Deus, tesouro do Homem. Pode ser bíblica sem citar a Bíblia? Pode. Deve. Precisa! Feito o livro de Ester, um livro cujo autor não cita Deus, a oração "como artificio literário que visa a ressaltar o fato de que Deus é quem controla e dirige coincidências aparentemente insignificantes", como sacou Raymond Dillard (Bíblia NVI de estudo, Ed. Vida, p. 793) Palavrantiga, que banda maravilhosa! Qualquer um pode ouvir Carlinhos Veiga, Roberto Diamanso, Carol Gualberto, Jorge Camargo, Diego Venâncio, Glauber Plaça…

A verdadeira Música Evangélica é TRINITÁRIA: dialoga, convida, respeita o outro, compartilha, convida à Comunhão, sai do Eu, vai pro Nós ou insiste no Eu-Tu, como nos ensinou Martim Buber, filosofo judeu. A música que ouço por aí se dizendo evangélica " formulou, nas palavras sempre surpreendentes de Eugene Peterson, "uma nova trindade, que define o ’ eu ’ como o texto soberano para a vida (…) Pai, Filho e Espirito Santo são substituídos por uma trindade pessoal, muito individualizada, composta por meus desejos santos, minhas necessidades santas e meus sentimentos santos". (Maravilhosa Bíblia, Ed. Mundo Cristão, p. 47) Ju Bragança, Tiago Vianna, Elly Aguiar, Silvestre, Denis Campos me convidam a adorar ao Pai por meio do Filho no poder do Espírito!

A verdadeira Música Evangélica é, como toda arte, pequena ou grande, popular ou erudita, uma DÁDIVA. Sim, " toda obra de arte é uma doação, não uma mercadoria. As obras de arte existem simultaneamente em duas economias: a economia do mercado e a economia da doação (…) uma obra de arte é capaz de sobreviver sem depender do mercado, mas quando não há doação não há obra de arte (…) a arte que importa para nós - a arte que toca o coração, que enleva a alma, deleita nossos sentidos, essa obra é sempre recebida como um presente. " (Lewis Hyde, A dádiva: como o espírito criador transforma o mundo, Ed. Civ. Brasileira, p. 13,14)

Sim, meus caros e afetuosos amigos, eu quero (continuar a) fazer Música Evangélica. Será que me enquadro nesse parâmetros que a minha consiência e integridade me apontam? Poderemos resgatar das ruínas esse adjetivo tão precioso, enfiado na lama dessa industria religiosa?






Soli Deo Gloria!