domingo, 31 de janeiro de 2016

About folk and great expectations...

Lá se foi o primeiro mês do ano.

Ontem (por assim dizer), estávamos comemorando a chegada de 2016 e, hoje, já estamos no final de janeiro - mês em que iniciei meus estudos de doutorado na universidade e entrei num curso de francês, como dito no último texto. Em síntese, aquela música que diz que "o tempo passa tão depressa, logo acaba e mal começa" está certa. Quando menos se esperar, já será dezembro - se chegarmos lá, obviamente


Sem mais rodeios, essa postagem pretende ser o resultado de algumas reflexões que tenho feito a respeito de duas canções das quais gosto muito - " 'Til kingdom come " do Johnny Cash (repaginada pelo Coldplay recentemente) e "I will wait", do Mumford and Sons, expoentes da música folk típica da cultura inglesa, a qual foi posteriormente levada também para a América do Norte. Desse modo, alguns trechos das letras têm me chamado atenção há algum tempo, dentre os quais posso citar este:

"I need someone, someone who hears
For You i've waited all these years..." ['Til Kingdom Come, Johnny Cash]

Eu preciso de alguém
Alguém que escute
Por Você tenho esperado todos esses anos.

Antes desse trecho, o compositor diz na letra que "não sabe por que caminho está andando" - "I don't know which way I'm going" - e pede que alguém "segure sua cabeça em suas mãos" - "Hold my head inside your hands" -, o que pode indicar uma situação de confusão e de certo desespero por andar sem saber para onde se está indo. Nesse contexto, ele diz que precisa de alguém "que o escute" e, assim, ele diz que está esperando por esse "alguém" por "todos esses anos", ou seja, mesmo que o autor da música quisesse mostrar sua angústia e provável solidão, ele permanecia esperando por alguém que pudesse livrá-lo dessa condição. Ao pensar nessas coisas, me recordo de um poema bíblico, no qual está escrito: 

"...Eu cri, por isso falei: estou muito aflito!" [Salmo 116, vs. 10]


De modo análogo, o escritor do salmo expressa aqui que, embora ele estivesse em profunda aflição, sua fé em Deus permaneceu firme e, por causa dessa fé, ele "falou" e "colocou para fora" o seu sofrimento. Nos versos anteriores do mesmo salmo, está escrito que "...Tu me livraste da morte, livraste os meus olhos das lágrimas e os meus pés de tropeçar, para que eu ande na presença do Senhor na terra dos viventes" [vs. 8 e 9]. Em outras palavras, o salmista atribui a Deus o seu livramento da morte [provavelmente em sentido físico/natural, embora também tenha significado espiritual], o fim de seu pranto e a firmeza de seus passos, cuja finalidade é "andar diante de Deus na terra dos viventes" - isto é, o ensino aqui é que Deus nos livra do sofrimento para que nós andemos diante Dele, de modo que Ele é [ou deve ser] o alvo supremo de todo aquele que coloca sua fé Nele. Além disso, vale ressaltar que, enquanto vivermos aqui, as aflições permanecerão sendo parte de nossos dias, porém, como o letrista da canção, todos os que confiam em Deus têm "esperado por Ele por todos esses anos", de maneira que essa espera não é uma espera por um "interlocutor hipotético" de uma letra de música, mas sim por Aquele que foi enviado do céu ao mundo para salvar os pecadores e que, após ter voltado para Seu Pai, voltará em glória para "ajuntar os Seus eleitos dos quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus" [Mateus 24, vs. 31]. Não é uma espera inútil; não é uma espera sem uma certeza; é uma espera segura, garantida.


Outra estrofe da mesma canção da qual gosto muito é o refrão propriamente dito, que diz:

"For You I'd wait 'til Kingdom come
Until my day, may day is done
And say You''ll come and set me free
Just say You'll wait, You'll wait for me..."

Por Você eu esperaria até que o Reino venha
Até que meu dia, meu dia acabe
E diga que você virá e me libertará
Somente diga que você esperará, que você esperará por mim. 

Nessa parte, o escritor fala de esperar "até que o Reino venha" ou "até que seu dia termine" - em outros termos, ele fala que ele carregaria essa esperança até o dia da sua própria morte ou mesmo até que esse "reino" viesse. Mas, espere um minuto... De que reino ele estaria falando?

Tenha sido o letrista intencional ou não, existe apenas um "Reino" que está por vir (e que de fato virá), do qual se diz que é "...eterno, que não acabará e que jamais será destruído" [Daniel 7, vs. 14], que "...está preparado desde a fundação do mundo" [Mateus 25, vs. 34], que "...não é desse mundo" [João 18, vs. 36] e que, quando vier, subjugará todos os demais "reinos" através do poder do seu Rei. Esse reino é o reino de Jesus Cristo, o Filho de Deus, cujo nome é "Rei dos reis e Soberano dos reis da terra", o qual já inaugurou Seu reino no mundo desde Sua primeira vinda, pois Ele disse no início de Seu ministério terreno que "...o tempo está cumprido e o reino de Deus é chegado" [Marcos 1, vs. 15] e, pouco depois, que "...o reino de Deus está no meio de vocês" [Lucas 17, vs 21]. Por outro lado, o refrão continua dizendo "...diga que você virá e me libertará...", o que denota o anseio do escritor da canção pela liberdade proveniente desse "alguém" por quem ele espera - de semelhante modo, está escrito que "a própria natureza criada será libertada da escravidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus" [Romanos 8, vs. 21], cuja libertação [ou redenção de nosso corpo] só poderá vir Daquele que é o Redentor, de quem se diz que "...transformará o nosso corpo de humilhação para ser conforme ao Seu corpo glorioso, segundo o Seu poder eficaz..." [Filipenses 3, vs. 21]. Em suma, a única esperança que traz consigo a certeza de redenção é a esperança no retorno de Jesus Cristo - sem Cristo, sem redenção


Quanto à outra música de que falei acima, um dos trechos de que gosto mais diz:

"So take my flesh and fix my eyes
That tethered mind free from the lies..." [I will wait, Mumford and Sons]

Então tome meu corpo/minha carne 
E conserte meus olhos
Que essa mente presa seja livre das mentiras.

Assim como na música anterior, pode-se ver um pedido relacionado a liberdade e a "ajuste" nas frases "conserte meus olhos" e que "essa mente presa seja livre das mentiras", o que implica que ele se percebe em meio a enganos dos quais não pode se libertar sozinho e, por isso, procura um suposto "libertador". Além disso, ao longo da letra, o escritor fala coisas como "You forgave and I won't forget" [Você perdoou e eu não esquecerei] e também se dirige a esse alguém dizendo "...I will wait for you" ou "eu esperarei por você", implicando que esse alguém por quem ele espera [e esperará] é alguém que perdoa, de modo que esse perdão não será esquecido - isto é, ele atribui a esse "alguém" algo que, segundo as Escrituras, só Deus pode fazer, pois está escrito que "...quem pode perdoar pecados, a não ser somente Deus?" [Marcos 2, vs. 7] e "...ponha a sua esperança no Senhor, ó Israel, pois no Senhor há benignidade e abundante redenção... E Ele mesmo redimirá Israel de todas as suas iniquidades" [Salmos 130, vs. 7-8]. Deus é quem pode perdoar, e se existe perdão é porque existe culpa e, se existe culpa, é porque existe pecado - ora, sabemos que "todos pecaram" e, por isso, todos precisam de perdão, de forma que esse perdão só pode ser encontrado em Deus. Logo, todo aquele que procura perdão em outro lugar ou acha que não precisa de perdão permanecerá na sua condição de pecador culpado



Por último, queria citar outro trecho da música, onde se lê:

"Raise my hands, paint my spirit gold
Bow my head, keep my heart slow
And I will wait for You..."

Levanto minhas mãos, pinto meu espírito de dourado
Ergo minha cabeça, mantenho meu coração sereno
E eu esperarei por você.

Mãos levantadas normalmente são um sinal de rendição diante de algo que te surpreende ou uma atitude de reverência ou adoração. Nesse caso, considerando a experiência do autor da música, imagino que ele se refira a uma atitude semelhante a "olhar o céu com os braços para cima" como se estivesse manifestando sua gratidão por aquele "perdão do qual ele não se esquecerá" e, assim, ele "ergue a cabeça e mantém o coração sereno" - ora, na verdade, embora os seres humanos ousem levantar suas cabeças diante de Deus como que desafiando a Ele e dizendo "eu não preciso de Você", todas as cabeças estão derrubadas no pó [todos estão sob a condenação Dele] e, por isso, apenas os que receberam o Seu perdão podem olhar para cima [para Ele] com confiança, com o coração sereno e cheio de paz, pois agora Aquele que tinha (e tem) todo o direito de condená-los, livremente lhes concede a Sua bondade, imputando a justiça que Lhe é intrínseca a nós, os injustos, além de lançar sobre Si mesmo [na pessoa de Jesus Cristo, inocente e santo] a culpa e a penalidade que não poderíamos suportar [2 Coríntios 5:21 e 1 Pedro 3, vs. 18]. Resumindo, assim como o letrista falou de "ter o espirito pintado de dourado", quando somos perdoados por Deus, Ele nos faz participantes de Sua própria nobreza e dignidade [mesmo que continuemos criaturas e só Ele seja Deus], removendo nossa corrupção e nos fazendo ser, gradativamente, conformados à imagem de Seu Filho, de modo que o mesmo deleite que Ele tem em Cristo passa a ser nosso. Essa é a chamada "viva esperança", a esperança "na qual fomos salvos", a "bem-aventurada esperança, pela qual aguardamos a gloriosa manifestação de nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo" [Tito 2, vs. 13]



E você?

Por quem você esperado? Qual tem sido a sua "maior esperança"?
Suas esperanças estão em você mesmo, mesmo que você não possa garantir que permanecerá no próximo dia?
Ou suas maiores esperanças estão Naquele que é o Redentor, Naquele que pode perdoar pecados [os meus e os seus também], cujo Reino virá em breve?
E quanto a esse Reino? Você está convicto de que pertence ao Rei ou estará entre aqueles a quem o Rei subjugará com cetro de ferro?





Pela alegria de esperar Naquele que é a Viva Esperança, 





Soli Deo Gloria!

sábado, 16 de janeiro de 2016

Le 17 janvier et similaires...

Mais um ano começou e, provavelmente, eu não tenha muito tempo de publicar por aqui – porém, sempre que possível ou necessário, buscarei manter o blog atualizado. Mas, como é de se esperar, “nada como um ano após o outro” e, assim, novas vivências, percepções, reflexões e outras coisas para serem ditas aparecem.

Vamos lá, enquanto se tem tempo ou o computador não para de funcionar.


O título desse texto significa literalmente “17 de janeiro e afins” (traduzido do francês) – e, por falar nisso, essa é a primeira novidade. Retornei às aulas na universidade e, de brinde, comecei a estudar a língua há poucos dias, cuja experiência tem sido bem diferente, visto que nunca me passou pela cabeça a vontade de aprender francês até ano passado (meus idiomas prediletos sempre foram o italiano e o inglês, e ainda o são). No entanto, considerando-se que, como disse o sábio, “o coração do homem planeja o seu caminho, mas Deus lhe dirige os passos” [Provérbios 16, vs. 9], aqui estou eu estudando algo que nunca despertou maior atenção. Espero ter sorte ou, melhor dizendo, “J'espère avoir la chance!”.

Todavia, você pode me perguntar: o que o “17 de janeiro” tem a ver com tudo isso?


Ora, 17 de janeiro será amanhã (se estivermos vivos até lá, será o próximo dia que teremos de viver) e, por outro lado, é o título de uma canção de que gosto muito, da qual alguns pequenos trechos parecem vir a calhar depois dessa última semana, em que presenciei ironias curiosas e fui reconduzido a “velhas esperanças”.

Primeiramente, em uma de minhas aulas da pós-graduação (sobre Sínteses Orgânicas, disciplina de química orgânica relacionada a metodologias de fabricação de moléculas em laboratório bem como à compreensão de reações e processos necessários para tal), ouvi sobre um trabalho de químicos brasileiros no qual a síntese de uma molécula bastante complexa (um determinado produto natural) foi feita de maneira satisfatória, em diversas etapas bem executadas e por um único experimentador [no caso, um estudante orientado pelo coordenador do grupo de pesquisa], coisa rara de acontecer até nas melhores universidades do mundo. Em seguida, o professor elogiou o trabalho e fez menção às palavras do jogador brasileiro ganhador do Prêmio Puskas (o gol mais bonito do ano) que citou o exemplo de Davi e Golias para ratificar sua conquista, já que ele [um jogador de um time de segunda divisão] desbancou jogadores do nível de Lionel Messi [no caso, o melhor jogador de 2015]. Porém, na minha aula, os nomes dos personagens bíblicos não foram citados, embora tenham sido indiretamente apontados – ora, não é politicamente correto falar de Bíblia em nosso mundo multicultural lindo e fofo, onde “todas as opiniões são aceitáveis, exceto a verdadeira”.


Na aula do dia seguinte, tudo ficou claro – entramos na sala e, enquanto se falava sobre “dinheiro”, o mesmo professor afirmou que “dinheiro não é tudo, mas ajuda”, acrescentando a pérola de que “...só não se deve deixar de aproveitar bem o dinheiro para dar para a igreja... até porque sou ateu, e a igreja que se dane!”. Pois bem, no dia anterior, um exemplo extraído do “livro do Deus que não existe” é usado e, então, no outro dia vem o “que se dane a igreja”... Ironia mode on!

Vamos pensar um pouco: por definição, pode-se entender o ateísmo como a descrença em toda e qualquer divindade ou “entidade/força superior” [seja como for essa descrença], de modo que nada “existe” a não ser o mundo material. Nesse sentido, particularmente no nosso mundo “pós-moderno”, somos praticamente doutrinados/persuadidos/coagidos a reconhecer que o ateísmo é o mesmo que “senso comum”, que o “óbvio”, que a “racionalidade” ou a “verdade” [mas tudo não é relativo? Agora eu “buguei”]. Em suma, se Deus é uma grande falácia e, como consequência, tudo o que está relacionado a Ele também é puro “conto da carochinha” (de maneira que ser ateu é ser “pensante”, “intelectual”, “sábio” e “não-alienado”), por que as pessoas se incomodam tanto com um ser que “não existe” e com tudo o que é referente a “Ele”? Ora, se alguém faz uma série de exames para saber se está com câncer e os resultados são todos favoráveis, faria algum sentido a mesma pessoa ser submetida a um tratamento quimioterápico? De modo semelhante, se Deus não existe, a humanidade não deveria nem cogitar a possibilidade da existência [ou da não-existência] Dele e, finalmente, jamais deveria manifestar qualquer modalidade de ódio ou rejeição a Ele, o que me recorda as perturbadoras palavras de G. K. Chesterton: “...se não houvesse Deus, não haveria nenhum ateu”.


Além disso, sempre quando a questão ateísmo x religião entra em jogo, é comum dizer que “a religião é o ópio do povo” [como prescrevia “São Marx”], que “se Deus é bom, porque existe fome na África?”, “todo pastor é ladrão” ou mesmo “quanto mais alguém tiver conhecimento científico, mais razões ele terá para ser ateu”. De início, a afirmação de Marx nada mais é do que uma afirmação religiosa, pois ao criticar a religião [no caso, o cristianismo, que é indissociável da cultura e da sociedade da Alemanha, onde ele nasceu], ele queria colocar uma nova ideologia no lugar, a qual se tornou a “religião” de todo ateu – o “materialismo histórico-dialético”. Por outro lado, citar as mazelas ou problemas sociais como provas da inexistência de Deus [ou mesmo de que Ele não é tão bom e poderoso como se pensa] é como se alguém tivesse um videogame e emprestasse intacto a um amigo e, quando o videogame é devolvido com defeito (porque o amigo deixou o equipamento cair no chão), a culpa cai sobre o dono – o que não faz nenhum sentido.

Finalmente, assertivas como “todo pastor é ladrão” são simplesmente generalizações infundadas ou sofismas [embora muitos que se dizem “pastores” sejam mesmo] bem como “religião só existe até alguém conhecer a ciência” é uma ridícula desonestidade histórica, pois se existe ciência como a conhecemos [especialmente no mundo ocidental], é por causa da religião cristã, da qual surgiram os criadores do “método cientifico” [como Francis Bacon], o movimento medieval da Escolástica [que fez nascer as primeiras universidades na Europa, incluindo Oxford, Cambridge, Sorbonne, Bologna, Praga, Vicenza, Padova, Salamanca etc.], a Reforma Protestante [que trouxe a educação básica gratuita para a população que não era da nobreza, que por meio de traduções da Bíblia influenciou o surgimento do inglês e do alemão como os conhecemos hoje, nos dando universidades como a de Genebra, a Livre de Amsterdam, Harvard, Princeton, Yale etc. e nomes como Kepler, Maxwell, Faraday, Boyle, Dalton, Thomson, Volta, Planck, Heisenberg, Leibiniz, Pascal, Pasteur etc.]... Melhor parar de humilhar, não é? Enquanto os “grandes cientistas de hoje” são pessoas como Richard Dawkins [o papa dos neo-ateus toddynhos das ciências naturais, que disse que “Se existir um Deus Todo-poderoso, eu terei que me dobrar diante Dele”, mostrando que seu ateísmo não é baseado em evidências, mas no seu desejo louco de que Deus não exista] e Peter Atkins [que disse que somos um “belo rearranjo de nada”, o que deve incluir ele próprio, que se gloria de ser ateu e estudou em Oxford, cujo lema é o Salmo 27:1 – DOMINVS ILLUMINATIO MEA ou “O Senhor é a minha Luz”], o cristianismo nos deu nomes como os mencionados. Desse modo, valem muito as palavras de Louis Pasteur e de Werner Heisenberg, que disseram, respectivamente, que “um pouco de ciência nos afasta de Deus; muito, porém, nos aproxima Dele” e que “o primeiro gole no copo das ciências naturais o torna ateu, mas no fundo do copo Deus espera por você”.


Na verdade, olhar para esses exemplos só me faz comprovar as velhas palavras daquele Livro Sagrado antigo, onde se lê: “O tolo diz em seu coração: não há Deus...” [Salmo 14, vs. 1a] e que “...os homens, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, e nem lhe renderam graças, antes nas suas especulações se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu... Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos” [Romanos 1:21-22]. Em poucas palavras, as Escrituras dizem claramente que o ateísmo é uma suprema idiotice - porém isso não ocorre por falta de conhecimento ou consciência, mas é uma rebelião voluntária contra o Criador, uma rebelião do coração e não uma conclusão fundamentada em provas razoáveis, uma vez que todos têm conhecimento de Deus mas não O glorificam como tal, de forma que a sua suposta sabedoria não passa de insanidade, insensatez e tolice ou, no português popular, um grande “papel de trouxa”. Mas isso não é o pior de tudo, pois, no final do capítulo citado de Romanos, está escrito que tanto os que praticam essas coisas como os que se simpatizam com elas são dignas de morte – e Deus certamente faz [e fará] Sua palavra valer.

E a música? – você pode me perguntar... O que dela se aplica aqui?


Um dos trechos da canção diz que “...o caminho será escuro, mas Cristo é a Luz do mundo...”. Ora, mesmo que a maioria de nós esteja andando por caminhos escuros (visto que seus corações estão obscurecidos), Cristo diz que “veio como Luz ao mundo, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas” [João 12, vs. 46], de forma que o “caminho nunca será mais escuro se Cristo passar a andar por ele” – isso me dá uma real esperança no fim do túnel [quando me enxergo como um “hopeless wanderer” ou “andarilho sem expectativa”], pois “Nele estava a vida, e a vida era a Luz dos homens, e a Luz resplandece nas trevas, e as trevas não a derrotaram” [João 1, vs. 4-5]. Por fim, outra parte da música diz que “...só a cruz esconderá quem você não é” – isto é, é diante de Cristo que todas as percepções erradas sobre mim mesmo são destruídas (pois “a Luz tudo manifesta”) e, nesse caso, minha “super” auto-estima, a falsa idéia de que o universo existe para “fazer sentido” para mim e a ilusão de que não existe eternidade [logo, nem céu nem inferno] são despedaçadas diante da minha total corrupção inata em comparação com Sua santidade infinita, da realidade de que “...tudo foi criado por Ele e para Ele” [Colossenses 1, vs. 16b] e, obviamente, pelo fato de que “...uns irão para o tormento eterno, e outros para a vida eterna”, vida essa que somente Cristo pode conceder, uma vez que o Pai deu a Ele “...autoridade sobre toda a humanidade, a fim de dar vida eterna a todos quantos Lhe deste” [João 17, vs. 2].

E você? 
Você é um dos que se encaixam no grupo dos “tolos” ou dos “loucos que pensam que são sábios" [mesmo os que parecem “intelectuais”] e, assim, permanece ainda ignorando que Deus é real?
Ou, pelo contrário, essas breves palavras um tanto falhas te ajudaram a enxergar que você precisa se voltar para o Criador e buscar nele vida, vida eterna, pois “...esta é a vida eterna: que conheçam a Ti, só a Ti, como único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” [João 17, vs. 3]?


Olhe para Cristo e invoque o Seu nome, pois todo aquele que confia Nele pode até não chegar a viver o próximo “17 janvier”, mas viverá por toda a eternidade.





Pela certeza de que ando na Luz Dele,





Soli Deo Gloria!