sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Così tanto da dire, ma non troppo...

Com mais um mês se aproximando do fim -
Embora seja este o menor deles -
Aqui estou, mesmo com tempo escasso,
Tendo tanto para dizer, mas não muito.
Na verdade, após algumas idas e vindas,
Aeroportos e rodoviárias,
Novas cidades, amigos e vivências,
Certas coisas permanecem guardadas na memória -
As quais, talvez, sejam mais úteis se compartilhadas

Por um lado, muitos esperavam pelo carnaval
Para buscar uma satisfação efêmera,
Outros, contudo, de boa "consciência",
Preferiram procurar o Eterno,
Fora do qual não há salvação.
O Deus Único, Senhor de todos, 
Diante do Qual não há ninguém semelhante,
Visto que é santo e verdadeiro
De modo que Dele estamos separados.
Entretanto, a fim de destruir tal inimizade,
Ele se fez como um de nós para ser Mediador,
Nem do lado A, nem do lado B - mas "AB",
Em Quem temos a plenitude,
Por ser Ele o "tudo em todos".


Ora, se Ele é "tudo em todos",
Não devemos ter quaisquer outros mestres
Pois Um só é o Mestre de todos
E todos somos irmãos.
Sim, Lado A. e Lado C. podem se entender,
Uma vez que o Salvador do Mundo
Se entregou pelos Seus filhos dispersos
Para reuni-los em um povo,
Agregando-os ao Seu grande aprisco,
Do qual jamais se perderão
Pois nada os arrebata da Sua mão. 

Mudando de assunto... o que mais direi?
Faltar-me-ia tempo para falar dos cafés e açaís,
Da fila animada do almoço,
Das aventuras noturnas para lanchar,
Das boas risadas ("han han, tá tranquilo?") e, claro,
Da generosidade de bons amigos. 
Nessas horas faz sentido relembrar
Que "os amigos são nossa riqueza"
E que cada instante é inédito,
Tanto este como os que hão de vir -
Por isso não fecho os meus olhos
"Pra o novo de todo dia".


No entanto, sobram-me outros detalhes
Detalhes que são "muito grandes pra esquecer",
E, portanto, não os ignorarei.
Resumidamente, foram horas na estrada,
Sem deixar as aulas e trabalhos de lado
Mas, ao mesmo tempo,
Investindo no que é permanente,
Seja cantando na chuva
Seja sob o sol quente - muito quente!
No fim de tudo, o que de fato vale
É saber que o Sol da Justiça raiou
E que Sua Luz não pode ser contida.
Sua Luz que resplandece em qualquer escuridão
Manifestando graça, produzindo comunhão...
Coincidência? Acho que não!

Agora, resta-me apenas ressaltar
Que a vida tem que continuar -
Continuar aqui e agora,
Pois eventos são apenas eventos
E a vida não é feita somente deles.
Logo, minha oração é a mesma do poeta:
"Venha o Teu Reino, bem dentro e lá fora
A Tua vontade, pra sempre e agora!"
Dito isso, nada melhor do que saber
Que, embora todos sejamos impotentes,
Ele tem todo o poder no céu e na terra
E, assim, seu propósito permanecerá.
Assim, a adoração será restituída 
Restituída a Quem ela é devida
Alcançando toda tribo, língua, povo e nação
Para que o Único Deus verdadeiro
Seja sempre a nossa eterna satisfação. 






Soli Deo Gloria!