segunda-feira, 24 de setembro de 2012

O segredo do número atômico 8...

Não se assuste com o título deste post.

Não tenho a pretensão de usar este espaço para dar uma aula de conceitos básicos de Química Geral... Pretendo simplesmente conseguir fazer jus ao título do post com a minha ideia para ele. 

Logo, vamos lá.


Somente para não deixar os leitores "perdidos", gostaria de começar dizendo que o chamado "número atômico" pode ser coloquialmente compreendido como sendo o RG de um determinado elemento químico. Ou seja, cada elemento químico tem um número atômico próprio; logo, toda espécie química que contenha o mesmo número atômico (o número de prótons presentes no núcleo de um determinado átomo) pertence ao mesmo elemento. Entendido? Espero que sim.

Nesse sentido, basta consultar a tabela mostrada acima para ver que 8 é o número atômico de um dos elementos químicos mais importantes que existem: o oxigênio. 

Sim. O oxigênio. 


Este é o elemento que constitui [em termos de volume] cerca de 21% do ar atmosférico. Ele também compõe a molécula mais importante que existe: a água. Sem ele, a vida seria impossível - toda a nossa fisiologia funciona devido à presença do oxigênio na corrente sanguínea, o qual é transportado para o cérebro por meio da hemoglobina [proteína que se liga à molécula de oxigênio de modo a transportá-lo pelo organismo]. Além disso, a vida aquática seria igualmente impossível sem ele, o O2. Sem o oxigênio não existiriam a maioria dos medicamentos, das substâncias naturais com propriedades medicinais, não existiria o DNA, não existiria o RNA, nem mesmo as proteínas e tantas outras moléculas essenciais para a natureza

Mas não é esse o objetivo deste post. Essas informações não são tão relevantes para sua vida quanto possam parecer. Deixe-me mostrar o que é mais importante em tudo isso.


Como disse, o número atômico é o RG do oxigênio. O oxigênio é o elemento da vida. 

Mas existe algo mais. 

Pensar sobre o oxigênio e a vida me faz lembrar um dos discursos mais inspiradores e transformadores para mim, o qual foi registrado por um médico do primeiro século chamado Lucas em seu livro chamado Atos dos Apóstolos ou (segundo alguns historiadores) "As coisas que Jesus continuou a fazer e a ensinar". Nesse discurso, se lê:

"E, estando Paulo no meio do Areópago, disse: homens atenienses, em tudo vejo que vocês são um tanto supersticiosos;
Porque, passando eu e vendo os seus santuários, achei também um altar em que estava escrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Este, pois, a quem vocês honram, não o conhecendo, é o que eu lhes anuncio.
O Deus que fez o mundo e tudo o que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens;
Nem tampouco é servido por homens, como que necessitando de alguma coisa; pois Ele mesmo é quem dá a todos a vida, a respiração e as demais coisas;
[...]
Porque Nele vivemos, nos movemos e existimos, como também disseram alguns dos poetas de vocês: somos também sua geração" [Atos dos Apóstolos, cap. 17, vs. 22-25 e 28]


O texto bíblico é claro. Deus fez o mundo e tudo o que nele existe. Ele é Senhor do céu e da terra e, por isso, não pode ser enclausurado em templos feitos pelas suas próprias criaturas. Ele não precisa de mim. Ele não precisa de você. Ele não precisa de nada nem de ninguém. Vamos acabar com esse "babaquice" de uma vez: Ele é Deus soberano e Rei sobre tudo. Tudo obedece à Sua Palavra e ao seu conselho. Ele não é limitado por nossa "teologia" imperfeita (nem mesmo por uma teologia mais próxima do que as Escrituras são). Ele não é limitado por nada. Ele é quem dá a vida, o respirar e todas as outras coisas a cada um de nós. Ou seja: o oxigênio vem Dele. Ele é o doador da vida. N'Ele vivemos. N'Ele nos movemos. N'Ele existimos. N'Ele. Fui claro ou quer que eu desenhe?


Além disso, outro personagem muito inspirador para mim refletiu sobre as mesmas coisas, conforme se lê no livro de Jó a respeito deste: 

"O Espírito de Deus me fez; e o sopro do Todo-poderoso me deu vida" 
[Livro de Jó, cap. 33, vs. 4]

Sem o sopro de Deus - isto é, se Ele não tivesse compartilhado comigo do oxigênio que Ele mesmo criou [ou sintetizou, na linguagem química] - eu não teria vida. Nas primeiras páginas das Escrituras se lê que "Deus soprou em suas narinas o fôlego de vida, e o homem foi feito alma vivente..." [Gênesis 2:7]. Ele, que é a própria Vida auto-existente e autossuficiente, estendeu esse dom a mim, e também estendeu a você. Como diz certa música: "...o sopro de vida é o vento que sopraste em mim...". Exato. 


Entretanto, ainda existe algo mais precioso do que essa "vida oxigenada": a vida do próprio Deus nas vidas de suas criaturas. É mais do que o oxigênio. É mais do que um respirar. É mais do que um fôlego que, embora seja um presente valioso, é transitório. Deus, Aquele para quem são todas coisas e por meio de quem tudo existe, vem para dar vida às suas criaturas mortas em si mesmas, em suas mentes cauterizadas e nos seus pecados, como se pode ler:

"Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça vocês são salvos);
E nos ressuscitou juntamente com Ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus, para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça, pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus". [Efésios 2:4-7]


Todos estavam mortos. Todos. Eu. Você. Mas Ele, o Autor da Vida, se fez como um de nós para nos dar vida (João 1:12-14 e 17). Uma vida que não depende de nenhuma molécula ou de nenhum processo fisiológico para existir, pois ela vem do Deus que não depende de nada nem de ninguém. Ele veio nos dar de Sua própria vida. Ele já se deu. A questão agora é: e eu com tudo isso? Como não responder a esse ato de tamanha bondade? Venha até Ele, até o Deus encarnado, até Cristo, pois aquele que vem a Ele nunca será rejeitado [João 6:37]. Venha e tenha, de uma vez para sempre, a vida que nem todos os moles de oxigênio do universo poderiam dar!

PS: É essa semana! Conferência Oxigênio 2012! #malpossoesperar



Pela certeza da vida do Autor da Vida,



Soli Deo Gloria! 

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Meditação sobre Romanos 5:8...

Não estou inspirado essa semana. 

Mas, em minhas leituras nem sempre diárias, me deparei com um texto que dá título a este post e decidi colocá-lo aqui, uma vez que este verso das Escrituras tem uma importância inestimável para mim, particularmente.

Bem, vamos ao que interessa.


Em Romanos 5:8 se lê:

"Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores". 

Observe neste versículo que o verbo "provar" está no tempo presente e "morrer" no tempo passado. O tempo presente implica que esse provar é um ato contínuo: acontece no presente de hoje e acontecerá no presente de amanhã, que chamamos de futuro. Por outro lado, o tempo passado "ter...morrido", implica que a morte de Cristo aconteceu de uma vez por todas e não será repetida. "Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o Justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus" [1 Pedro 3:18]


Por que o apóstolo Paulo usou o tempo presente "Deus prova"? Eu esperava que Paulo dissesse "Deus provou o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores". A morte de Cristo não foi uma demonstração do amor de Deus? Essa demonstração não aconteceu no passado? Então, por que Paulo disse: "Deus prova" em vez de "Deus provou"? 

Penso que a chave deste mistério é dada em alguns versículos anteriores. Paulo acabara de falar que "a tribulação produz perseverança; e a perseverança, a experiência; e a experiência, a esperança... ora, a esperança não confunde" (vs. 3-5). Em outras palavras, o alvo de tudo aquilo pelo que Deus nos faz passar é a esperança. Deus quer que sintamos esperança inabalável em todas as tribulações.  


Como podemos fazer isso? Por definição, as tribulações são contrárias à esperança. Se as tribulações proporcionassem esperança, em si mesmas, não seriam tribulações. Qual o segredo por trás de crescermos realmente em esperança ao passarmos por tribulações? 

A resposta de Paulo se encontra na linha seguinte: "...porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado..." (vs. 5). O amor de Deus foi derramado em nosso coração. O tempo desse verbo significa que o amor de Deus foi derramado em nosso coração no passado (em nossa conversão) e ainda está presente e ativo. 

Portanto, o argumento de Paulo é que a certeza outorgada pelo Espírito e o gozo do amor de Deus constituem o segredo para crescermos em esperança por meio da tribulação. A tribulação produz perseverança, experiência e esperança que não se envergonha porque, em cada etapa de nossa peregrinação, o Espírito Santo está nos assegurando do amor de Deus em e através de toda tribulação.


Agora podemos observar porque Paulo usou o tempo presente no versículo 8 - "Deus prova o seu próprio amor para conosco". Esta é a própria obra do Espírito Santo mencionada no versículo 5: Deus Espírito Santo está derramando e espalhando em nosso coração o amor de Deus. 

Deus demonstrou o seu amor por nós dando Seu próprio Filho para morrer, de uma vez por todas, no passado, em favor dos nossos pecados. Mas Ele também sabe que este amor passado tem de ser experimentado como uma realidade do presente (hoje e amanhã), se queremos ter paciência, experiência e esperança. Por isso, Deus não somente demonstrou o Seu amor no Calvário, mas também continua a demonstrá-lo agora por intermédio do Espírito Santo. 


E Ele faz isso da maneira mais sublime: Ele abre os olhos de nosso coração para que vejamos a glória da cruz e a garantia que ela dá de que nada pode nos separar do Seu amor em Cristo Jesus.


PS: Texto adaptado do devocional "O amor de Deus, passado e presente", do livro Uma vida voltada para Deus - John Piper. 




Pela certeza do amor de Deus no coração,



Soli Deo Gloria!

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Quem é o maior?

Mais uma semana se passou. 

Depois de pensar um pouco para ver se alguma boa ideia surgia, vou escrever. 

Espero ter sucesso. Ora, esse blog é apenas algo autoterapêutico [risos] e não tem pretensões de parecer uma coluna literária profissional. 


Bem, desde ontem estive pensando na pergunta que dá título a este post, particularmente devido ao fato de que há 11 anos, em Nova York/EUA, ocorreu o ataque terrorista às torres gêmeas do World Trade Center, considerado por muitos como o mais grave de toda a história, visto que mais de 3000 pessoas foram mortas naquela manhã de 11 de setembro de 2001. Lembro-me (como se fosse hoje) do momento em que cheguei em casa do colégio, liguei a TV e vi o instante exato da batida do segundo avião na torre sul do WTC - foi assustador. A torre norte já havia sido atingida. Pessoas desesperadas. Mortes. Mas essa não é a questão que quero tratar aqui.  Acredite: tem algo ainda mais importante em tudo isso.


O mundo estava em pânico. Os estadunidenses (prefiro chamá-los assim, rs) não conseguiam acreditar no que viam.  Um dos seus principais símbolos do poder econômico estava em chamas, desaparecendo. Como sempre aconteceu nos séculos anteriores, com todos os impérios, reinos, dinastias e governos, chegava o dia em que os dominadores e soberanos pareciam feridos de morte. De fato, o 11 de setembro e a Al-Qaeda [será que foram eles mesmos?] mostravam que a nação mais poderosa do mundo não era tão intocável assim. Na verdade, nenhum de nós é tão forte quanto julga ser. 

Império egípcio. Império assírio. Império babilônico. Império grego/macedônico. Império romano. Império bizantino. Os diversos governos medievais e absolutistas. As monarquias na América e na África. Os governos comunistas totalitários. 

Todos, em algum momento, caíram. Sumiram. Então, quem é o maior?



Essa mesma pergunta foi feita pelos discípulos de Jesus ao próprio Cristo, conforme registrou o evangelista Mateus em seu livro, onde se lê:

"Naquela mesma hora chegaram os discípulos ao pé de Jesus, dizendo: quem é o maior no reino dos céus?
E Jesus, chamando um menino, o pôs no meio deles, e disse: em verdade lhes digo que, se vocês não se converterem e não se fizerem como meninos, de modo algum entrarão no reino dos céus.
Portanto, aquele que se tornar humilde como este menino, este é o maior no reino dos céus. [Mateus 18:1-4]

Lá estavam os discípulos. Loucos para saber quem era o maior no reino de Deus. Melhor: estavam mais loucos ainda para ouvir o nome de algum deles ser pronunciado por Jesus. Hoje não é diferente. Nós também gostaríamos que Jesus dissesse para cada um de nós que éramos, individualmente, os maiores no reino dos céus. 

Frustração total.



Na verdade, Jesus diz algo absurdo aqui. Preste atenção: no nosso mundo, os que se fazem humildes [ou, de fato, não tem nada do que se orgulhar e, por isso, são humilhados e desprezados pelos outros] não têm qualquer importância. Por outro lado, no reino de Deus, os humildes são os maiores. Mais do que isso: ele diz que o destino eterno de cada um de nós está diretamente ligado a isso. Não há lugar para os orgulhosos no reino Dele. Não há lugar no céu para os que não se convertem de sua maldade e prepotência em direção a Ele. Não existem atalhos. Não existe "jeitinho brasileiro". Ele disse: "...de modo algum entrarão no reino...". De modo algum. Eu não quero correr o risco de passar a eternidade fora do reino Dele [onde a paz e a justiça nunca terão fim] por causa de uma vaidade idiota. Você ainda quer correr esse risco?

Todos os impérios e reinos que eu mencionei aqui tiveram ou terão fim. Por mais poderosos que sejam ou tenham sido, um dia seu poderio se esgotou. A esse respeito, nada pode ser mais curioso do que o que disse Napoleão Bonaparte:

"Eu estava fazendo uma revolução na força da guerra... Mas lendo as páginas da Bíblia, descobri que Cristo fez uma revolução muito maior do que eu... Sem violência e destruição, fez a revolução do amor e da liberdade espiritual pelo sangue da sua cruz". 



Chocante! Um dos maiores conquistadores dos últimos séculos reconhece que a maior revolução da história foi feita sem armas e sem opressão. O mais Sublime, o Deus Eterno, Aquele por meio de quem e para Quem foram criadas todas as coisas, se fez homem, tomou a forma de escravo, foi o mais humilhado e desprezado e revolucionou tudo com o Seu amor. Pois Ele mesmo disse:

"...Vocês bem sabem que pelos príncipes dos gentios são estes dominados, e que os grandes exercem autoridade sobre eles.
Não será assim entre vocês: mas todo aquele que entre vocês quiser fazer-se grande, esse seja o serviçal e, qualquer que quiser ser o primeiro, seja esse o servo.
Bem como o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em resgate de muitos..." [Mateus 20:25-28]

Está claro. No esquema de Cristo, tem que se fazer como nada para ter valor. Tem que se fazer como o mais insignificante para ser prezado pelo Único Digno. Quanta graça ter o apreço Dele, apesar de quem sou! Quero ser menor a cada dia para que tenha valor onde realmente vale a pena ser valorizado. 



Não são os impérios e reinos humanos que são grandes. Não são os nobres segundo o nosso mundo que são os "maiores". Ninguém é maior. Pois, mesmo que a gente entre no esquema de ser humilde, continuaremos a ser indignos do Reino por nós mesmos. Maior de verdade, o Maior de todos, o Todo-poderoso, só é um. Jesus Cristo, o Filho de Deus, o Servo Sofredor, o Filho do Homem. 

"E é necessário que Ele cresça e que eu diminua". [João 3:30].




Pela certeza de pertencer ao reino do Maior de todos,





Soli Deo Gloria!


quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Julgando com justiça...

Este é o primeiro post desse mês de setembro, já que o post anterior "E setembro vem chegando" foi escrito em 31 de agosto.

Bem, tenho pouco a dizer nesse texto mas, devido a um profundo incômodo que tenho sentido nos últimos dias, vou dar a minha cara pra bater. Eu não estou nem aí. Eu vou falar.


É o seguinte: nós sempre queremos parecer melhores do que os outros. Orgulho maldito! Pelo menos para nós mesmos. 

Somos especialistas em ver defeitos (somente os defeitos) em tudo o que os outros fazem. Em contrapartida, amamos ver as virtudes (apenas as virtudes) das coisas que fazemos. Em tudo isso, o mais triste e constrangedor para mim é saber que as pessoas que melhor se encaixam nesses exemplos são os "cristãos", os "seguidores de Jesus Cristo". Podem até ser isso que professam tão ardente e confiadamente, mas a vida de Jesus quase sempre não é manifesta neles. Lamentável. Já disse e repito: orgulho maldito! Presunção maligna! 

Pensemos bem: se estes não trazem em seus corpos a mortificação de Jesus, se não entenderam que eles morreram e que agora é Cristo quem vive neles (se é que Cristo habita neles), se não reconhecem que eles são e serão julgados da mesma forma como julgam os outros e medidos na mesma medida que são medidos, se não tomam para si a verdade de que todos são condenáveis diante de Deus e que, por isso, eu não tenho direito de apontar o dedo para ninguém como se eu fosse superior a esse alguém... É como se não tivesse havido conversão alguma nem qualquer mudança de coração. Cansei de ver tantas críticas inúteis na internet, especialmente de cristãos para com outros cristãos [e olha que eu também critico o tempo inteiro - esse meu post pode ser um tanto fariseu mesmo, mas eu não me importo com o que os outros vão pensar]. Basta. 


Bem. Chega também de minhas próprias impressões e vamos às Escrituras. Aí sim ninguém vai poder se levantar contra. É assim que eu calo a boca dos meus "críticos cristãos" e alinho o meu modo de pensar e de viver. 


Jesus, em um de seus discursos mais duros e contundentes, conforme relatado pelo evangelista e apóstolo João em seu livro, disse algo que é transformador para mim:

"Não julguem segundo a aparência, mas julguem segundo a reta justiça" -- [João 7:24].

Não julguemos como as coisas se nos apresentam. É isso que Jesus disse. Mas é esse o problema: nós sempre julgamos pela aparência, pois as Escrituras dizem que "...o homem vê o que está diante de seus olhos, porém o Senhor olha para o coração..." [1 Samuel 16:7b]. Deus julga justamente. Deus julga sabiamente. Ele não vê como eu vejo. Ele não vê como você vê. Ele vê como ninguém pode ver, porque Ele é Deus e sonda os corações dos homens, pois Ele mesmo os formou (Salmo 139:1-2 e Salmo 33:13-15). Não devemos julgar as coisas baseados no que vemos ou no que achamos. Nosso achismo é egoísta e nossa percepção é imperfeita. Como diz o rei Salomão: "Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento... Reconhece-O em todos os seus caminhos e Ele endireitará as tuas veredas" --- Provérbios 3:5-6.  


No entanto, Jesus não disse para não julgarmos nada, como muitos "cristãos" dizem. Na verdade, a má compreensão sobre o julgar virou um jargão evangélico: "...a gente não pode julgar, só quem julga é Deus...". Mentira! Nós devemos julgar sim, mas julgar justamente, conforme a reta justiça, conforme o padrão do próprio Deus. As Escrituras dizem que nós julgaremos o mundo e também os anjos (1 Coríntios 6:2-3). Logo, devemos ser capazes de julgar as coisas terrenas. No contexto desse post, quero destacar o ensino das Escrituras de que devemos saber julgar, julgando justamente e não com base no nosso entendimento e sabedoria humanos. Nós não sabemos como convém mas, mesmo assim, o conhecimento incha e infla o nosso ego. (1 Coríntios 8:1) Por isso devemos largar esse orgulho pernicioso e pedir a Deus ajuda para exercermos o nosso julgar. Sempre. 


Enfim.

Alguns gostam de cantar apenas os salmos em sua liturgia de culto. Outros são menos conservadores nas músicas. Outros bebem vinho e outras bebidas alcoólicas devido à sua formação cultural e servem a Deus verdadeiramente. Outros abominam tudo isso e demonizam os que bebem e as próprias bebidas. Alguns gostam de rock, jazz, blues e música secular. Outros só escutam gospel. Uns "cheiram" a Bíblia e outros criticam os que "cheiram"... Chega! Vamos parar com todo esse circo de superioridade no meio cristão! Não aguento mais tanta coisa sem proveito em blogs, sites, pregações, vídeos e etc... O que precisamos é de andar com Deus, é de conhecer a Cristo e o poder da sua ressurreição, é ser conformado à imagem Dele, é amá-Lo e obedecê-Lo, é seguir os bons exemplos de homens que servem a Deus, é examinar a nós mesmos para que não sejamos achados reprovados... É isso que a Bíblia ensina! 


É hora de viver o Sola Scriptura de fato. 

É hora de abandonar o "Soli Achisma Di Scriptura". 




Pela realidade do julgamento com justiça,



Soli Deo Gloria!