segunda-feira, 7 de março de 2016

De "marxianos" que invadiram a terra...

Hoje eu não quero ser simpático.

Hoje eu não estou afim de muita "tolerância", "polidez" ou qualquer coisa modernamente classificada como "politicamente correto".

Na verdade, faz algum tempo que ando cansado de lidar com uma "ditadura de ofendidinhos", os quais estão espalhados por toda parte - eles realmente são uma praga ou, no bom "nordestinês", "sar misera!" -, porém existem momentos em que o "99% fúria, mas aquele 1% paciência" deixa de existir e esse último % desaparece, restando somente a raiva. Muita raiva, melhor dizendo.

Em suma, a melhor coisa é que eu escreva esse texto mesmo - não me imagino com um rifle ou uma AK-47 nas mãos uma hora dessas. 


Sem rodeios, o título desse texto faz uma referência a uma canção pouco conhecida da Legião Urbana, chamada "Marcianos invadem a terra" - canção lançada no álbum póstumo "Uma outra estação" em 1997, porém datada dos anos 80 (provavelmente entre 1985-1986). Primeiramente, a música não fala exatamente de "invasão alienígena" ou alguma coisa semelhante, mas diz coisas bastante interessantes, as quais se mostram extremamente pertinentes - caso sejam honestamente compreendidas e aplicadas. 

Inicialmente, quando falamos de "marcianos", estamos nos referindo a prováveis habitantes de Marte, o famoso "planeta vermelho", que é o 4º mais afastado do Sol. Embora alguns estudos astronômicos parecem indicar a probabilidade da existência de condições favoráveis à vida em Marte (sejam elas vigentes, sejam referentes a outros momentos da história do universo), a pergunta da música "será que existe vida em Marte?" continua sem uma resposta definitiva. No entanto, não é exatamente disso que irei tentar falar aqui - como supracitado, esse não será um texto psicoterapêutico. Quanto mais "desmotivacional" eu tiver sido, melhor esse texto será. 


Pois bem, o que tenho pensado nesses dias pode ser melhor assimilado a partir de uma perspectiva um tanto "lúdica" do título da canção, bem como da abordagem fiel de alguns dos seus trechos. Logo, de certa forma, quero começar afirmando que existem "marcianos" que já invadiram a terra há algum tempo [de fato, desde o século XIX], os quais também têm seu próprio "planeta vermelho". Começando pela Alemanha e um certo "manifesto" publicado em 1848, seguindo até a primeira metade do século XX e o espalhamento de sua "luta revolucionária armada" para a tomada do poder por onde passassem, acompanhada posteriormente de diversas mudanças de estratégias de influência [ao deixar a luta armada em "standby" para buscar dominar a cultura, a educação, a mídia, a religião e tudo o mais] e que, neste exato dia, continua sendo entendida por muitos, e em todo lugar, como "os patenteadores da virtude" ou "o monopólio da verdade"... Mas a verdade e a virtude não são relativas? 

Sim, o poeta da canção diz na letra que "marcianos invadem a terra...", contudo talvez ele não tenha pensado que essa "invasão" já estava tomando forma de uma verdadeira "hegemonia" já na época em que a música foi composta por ele e que, devido à sua morte precoce há quase 20 anos, o mesmo não pôde ver o aumento desse "totalitarismo disfarçado de democracia" que assola a nação [não é possível imaginar qual seria a sua posição diante dessa realidade] - e não somente nossa nação, mas todo o mundo, tendo (particularmente) consequências drásticas para o Ocidente. 


Nesse sentido, é pertinente salientar/destacar alguns trechos dessa letra, começando por este:

"Cuidado com a "coisa" coisando por aí
A "coisa" coisa sempre e também coisa por aqui
Sequestra o seu resgate e envenena a sua atenção
É verbo, substantivo, adjetivo e palavrão..."

Cuidado com a "coisa" coisando por aí.

Talvez não exista frase mais pitorescamente perfeita para descrever o estrago que os "marcianos" (ou seriam MARXianos?) estão fazendo a cada espaço que ocupam - ora, nada mais óbvio que "ocupar espaços para ter o controle total", a partir do momento em que se entende a chamada "revolução cultural" - idealizada pelo filósofo Antonio Gramsci (fundador do Partido Comunista Italiano) e aplicada desde os anos 1930 pelo genocida Josef Stalin, um dos lastimáveis ditadores comunistas da "extinta" URSS, seguidos por teóricos da Escola de Frankfurt (como Hebert Marcuse) - pela qual os valores comunistas/socialistas [abolição do Direito Ocidental, fim da família tradicional - para a família dos outros, é claro -, extinção de todo traço da moral judaico-cristã, a negação de todo valor absoluto, a divisão de tudo em "oprimidos e opressores", novilíngua etc.] seriam introduzidos em todos os âmbitos da sociedade de modo que todos se tornem comunistas sem perceber, achando-se "livres" em suas "escolhas" quando simplesmente seguem sugestões decorrentes de "engenharia social" e "subversão ideológica" [ou seja, IDIOTAS ÚTEIS, como dizia o próprio Lenin]. Portanto, assim como se deve ter cuidado com a "coisa que está coisando por aí", você e eu precisamos ter cuidado com essa tal "revolução" - todos nós, de certa forma, somos afetados por ela, ou mais ou menos -, para que ela não "sequestre o resgate de sua autonomia de consciência" de uma vez por todas bem como não "envenene a sua percepção de si mesmo e da realidade ao redor", pois ela "é verbo" - "não passarão!", "é substantivo" - "liberdade de expressão!", "é adjetivo" - "...estou me sentindo oprimido!" e também "é palavrão" - "quero que eles enfim no ** todo o processo". 


Por outro lado, existe mais uma estrofe muito oportuna da música - a minha preferida, inclusive -, que diz:

"E existem muitos formatos
Que só têm verniz e não têm invenção
E tudo aquilo contra o que sempre lutam
É exatamente tudo aquilo que eles são...". 

É difícil ser sucinto partindo dessa estrofe - minha vontade é de trabalhar com ela assim como se faz numa pregação do tipo "expositiva", analogamente ao célebre Martin Lloyd-Jones (quem lê, entenda) -, mas a síntese do que quero dizer é: nunca vivemos uma época em que tudo é baseado em fingimento e ilusão como essa, onde a maior parte dos intelectuais, artistas, escritores e professores universitários são "santos do pau oco" [aparentemente cheios de argumentos, mas tudo não passa de trapaça], na qual "o feio é belo e o belo deve ser degradado", onde "o que não é, é... e o que é, deve deixar de ser", onde "a corja de assassinos, covardes, estupradores e ladrões" são vítimas das "zé-lites", da "mídia golpista", de "condução coercitiva", dos "fascistas da direita" [vai estudar história!] e demais "jargões" e, sobretudo, onde "a mentira é verdade e a verdade é mentira, mas a verdade não existe" - todavia, essa é a única verdade. Verdade ou mentira? Quem se atreve a resolver esse grande enigma de nossos "novos iluminados" do século XXI (que não sabem distinguir entre "mais e mas" e não entendem nada sobre desinências verbais do infinitivo)? Ora, viva Paulo Freire! 

Mas não é apenas isso. 


Tudo aquilo contra o que sempre lutam, é exatamente tudo aquilo que eles são.

De longe, essa é a assertiva mais precisa, certeira e irrefutável da canção, pois se encaixa adequadamente com uma "notável" máxima do anteriormente citado Lenin, que disse em relação ao confronto com os inimigos da revolução comunista: "acuse-os do que você faz, e xingue-os do que você é"

Isto é, sempre que você ver nas redes sociais, na TV (ou mesmo pessoalmente) algum esquerdista/comunista/socialista - seja ele militante, seja do tipo "não sou petista, mas..." ou pura massa de manobra mesmo - chamando alguém de "fascista--racista--xenofóbico--homofóbico--elite branca machista cis-hétero-patriarcal-eurocêntrica--islamofóbico--preconceituoso etc.", quem é "fascista, machista, homofóbico, racista" e tudo o mais é ele... "ELE NÃO, ELX, seu epistemicida transfóbico", pois você não sabe como ELX se define! Enfim, no fim das contas, cada pessoa é responsável pelas consequências das convicções que adota para si como verdadeiras, mas eu gostaria de dizer que eu tenho visto gente que se diz "cristã", seguidora de Jesus de Nazaré, que tem vocação missionária (ou já teve, talvez) e que, por se dizer seguidora Dele, deveria saber muito bem que quem diz pertencer a Cristo não tem mais autonomia de pensamento à parte da revelação das Escrituras Sagradas (ou, em outras palavras, deve ter "a mente de Cristo") - a nossa Bíblia, amada por poucos e odiada por quase todos - sendo levada facilmente por todas essas parafernalhas citadas acima, a ponto de defender ardentemente os valores (ou seriam "desvalores"?) dos que odeiam o Deus no qual dizem crer e ainda se enxergam como "fiéis" ao Evangelho. Não, vocês não estão sendo fiéis ao Evangelho, mas sim a algum "outro evangelho" que a Bíblia abertamente classifica como "maldito" - vide Gálatas 1:6-9. 


Mas espere um pouco, - você diz. Como você pode afirmar isso?

Pois bem amiguinho (ou "amiguinhx" - na moral, isso é ridículo!)... vamos lá. 

Posso começar citando exemplos de pessoas que colocam em seu facebook "sou cristã feminista" [nada disso, ou você é cristã ou você é feminista - se você realmente acha que Deus implora pela sua presença no céu enquanto você tenta misturar a pureza da Palavra Dele com suas ideologias mundanas, tira seu cavalinho da chuva (mas por que cavalinho e não "eguinha", seu machista?!) ou apóia veementemente toda a retórica relacionada ao feminismo, assim como de cristãs que falam o tempo todo de "empoderamento negro" [que Oscar "branco"!], "empoderamento feminino" [vai lá mostrar o seu "Girl Power" nas minas de carvão, nas obras de mobilidade urbana de sua cidade ou na construção do shopping que você quer visitar "cazamiga"!], "empoderamento popular" [todo mundo diz que odeia o "capitalismo selvagem" mas ama tudo o que só ele pode dar]... Que obsessão é essa por poder? Quem tem todo o poder sobre tudo é Deus (o mesmo que você diz que ama, que louva aos domingos e diz servir quando posta suas fotos dando cesta básica para mostrar o quanto você é "relevante") e não você. Se não me falha a memória, o primeiro ser a ter obsessão por poder total provavelmente foi Lúcifer (ou satanás) - ou seja, você pode estar imitando a satanás e não a Deus -, visto que Deus nunca esteve vulnerável a ter "obsessões", pois Ele é santo e sempre reinou sozinho sobre todos e sobre tudo. Deus reina e todos os demais se rendem; entenda isso. Ele reina, e os povos tremem [vide Salmo 99, vs. 1]. 


Finalmente, quero fazer uma menção breve ao dia 8 de março - sim, ao Dia Internacional da Mulher -, afinal, "as mulheres são de Marte" e elas têm "invadido a terra", seja para o bem (me refiro às mulheres "mulheres") seja para o mal (me refiro a todas as outras modalidades indefinidas que nos cercam). Pois bem, amanhã se comemora o Dia da Mulher, porém nem todas as "mulheres" querem receber um "Feliz 8 de Março" ou ganhar flores ou um bom presente, pois isso é "uma construção social dessa sociedade judaico-cristã européia machista e patriarcal" e o que importa é a "luta pela igualdade e pelo empoderamento das mulheres em todos os espaços". Dentre essas, conheço até algumas "TUTTI CRENTINNI" que não querem receber tal gentileza - que legal, quem me conhece bem sabe que "fofura" não é meu forte e, portanto, a melhor coisa que alguém poderia fazer por mim num dia como esse é dar motivos para que todo o "ácido sulfúrico" interior seja lançado de mim e corroa tudo o que encontrar pela frente, especialmente a língua de quem diz coisas como essa. Em contrapartida, se você é uma mulher (mulher mesmo, do tipo "doçura sempre, mas frescura nunca"), sinta-se parabenizada - vocês conferem beleza à vida e ternura ao mundo - mas, se você é dessas "moderninhas cheias de mimimi", vá pro raio que te parta... com muita TPM de brinde!

Por tudo isso, não tive muito espaço para dar argumentos teológicos mais detalhados a respeito do que escrevi, porém saber que "Deus fez homem e mulher no princípio" para serem "uma só carne" [ver Gênesis 1:27 e 2:23-24] [não "homem e mulher, e os demais gêneros"], que o Evangelho é o Evangelho de Jesus Cristo, que é "a verdade" [João 14, vs. 6], que "cada um dará conta de si mesmo a Deus" (Romanos 14, vs. 12) [isto é, cada um é responsável pelos seus próprios atos, e não um "inimigo coletivo imaginário" recebe a culpa de todos] e, finalmente, que Deus reina sobre tudo e que todos devem temer e tremer diante disso, me leva à pergunta principal: você reconhece que Deus reina e treme ante a Sua presença? 


Se não, recomendo que isso seja feito agora mesmo, pois "todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus" (Romanos 3, vs. 23) e, por isso, "Deus ordena a todos os homens, e em todo lugar, que se arrependam" [Atos 17, vs. 30] - arrependa-se não somente desses "pecados ideológicos" aqui mencionados, mas sobretudo do pecado de ignorar a Deus como aquele para quem você deve viver e, assim, aproxime-se de Cristo humilhado, porém com confiança Nele, pois Ele é "o único Mediador entre Deus e os homens" [1 Timóteo 2, vs. 5] e "pode salvar perfeitamente os que por Ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles" [Hebreus 7, vs. 25].

Enfim, qual é a sua cidadania? "Marxiana" ou celestial?





Pela certeza de ter cidadania eterna,





Soli Deo Gloria!

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