sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Viver sem fronteiras...

Bem... voltei aqui depois do maior período (provavelmente) longe do blog.

Mas, como os mais próximos de mim sabem (ou, no mínimo, os leitores mais assíduos), estive ocupado desde o começo desse novo ano com coisas mais valiosas do que escrever na internet - sobre as quais, na verdade, pretendo falar neste texto.

Muito bem - vamos ao que interesse pois "pra frente é que se anda"!


O título desse post é bastante conhecido da mídia e dos brasileiros, pois é slogan de uma das operadoras de telefonia móvel no Brasil - a odiada mas muito útil TIM! (risos)... Bem, mas não é sobre publicidade ou muito menos sobre celulares modernos que gostaria de falar aqui - minha expectativa é ser claro e direto sobre uma espécie de "palavra de ordem" que adotei para a minha vida daqui pra frente: viver sem fronteiras.

Fronteiras. 

Quando pensamos em fronteiras, pensamos em limites, restrições, obstáculos ou até mesmo em zonas de proteção que não podem ser ultrapassadas sem as devidas condições. Por exemplo, ninguém pode sair de seu país de origem sem passaporte - pois, ao chegar no aeroporto, será necessário passar pelo setor de imigração a fim de ser autorizado a ir para outro país. Se alguém deseja ultrapassar fronteiras geográficas ilegalmente ou clandestinamente, deverá ser muito inteligente ou então estará em maus lençóis. Além disso, existem fronteiras das quais todos fogem - basta visualizar um exército bem armado que a coragem foge (a não ser que quem queira passar para o outro lado seja mais bem equipado para vencer algumas batalhas). Por outro lado, as fronteiras podem ser consideradas como a nossa zona de conforto, como algo que nos mantém abrigados de "ataques" ou de situações de risco e, nesse sentido, todos nós buscamos nos colocar em nossas "fronteiras" a fim de estarmos sempre seguros e acomodados. Enfim - ao mesmo tempo que é legal ir além das fronteiras (quem não gosta de viajar pra outros países?) é muito mais cômodo pra nós nunca sairmos das nossas. 



Mas é aí que entra o "viver sem fronteiras". 

Viver sem fronteiras, pela própria frase, denota "não se limitar", não se prender às mesmas coisas, não ficar restrito aos mesmos espaços e contextos etc. e, exatamente desse modo, eu tenho assimilado esse princípio - não quero me limitar, não quero me prender às mesmas coisas e nem ficar restrito aos mesmos espaços e contextos. No fim das contas, me vejo desafiado - e, como se sabe, desafios não são fáceis e a nossa disposição em encará-los não implica necessariamente que somos capazes de superá-los sozinhos. Ou seja, eu tenho buscado firmar a mentalidade de uma "vida sem fronteiras" mas não tenho qualquer capacidade em mim mesmo de viver isso, pois a "vida sem fronteiras" de que falo tem a ver com coisas eternas, com coisas que estão totalmente fora de meu controle ou até mesmo que podem ser diferentes das minhas convicções e vontades - essa "vida sem fronteiras" é uma vida de fé e, como li certa vez, "fé é caminhar pra frente e saber que Deus vai colocar o chão". 


Sem fronteiras pra ninguém.

Sem fronteiras. Sin fronteras. No borders. Senza frontiere (o mais bonito! rs). Sense fronteres. 

Essa imagem mostra perfeitamente o real motivo do "viver sem fronteiras para mim". E, como eu havia dito no início, o que vivi no início do ano me fez entender que a vida só é vida quando abandonamos nossas percepções limitadas e medíocres das coisas e adotamos (dadas as devidas proporções, claro) a percepção Daquele que conhece todas as coisas e faz tudo segundo o bom propósito de Sua vontade - Deus. Sair do Brasil para ir à África NUNCA fez parte de meus planos, nem mesmo pela missão de levar Cristo. E aí você pode pensar: que cristão é esse que parecia não se importar com os africanos? Na verdade, não é que não me importava - mas eu não me via em solo africano nem mesmo pra turismo. Porém, como a vida de cada um de nós está nas mãos de Deus e Ele faz o que bem entender com a gente, lá fui eu para a África - precisamente Cabo Verde. Em suma, ir a outro continente para conhecer outros povos me abriu os olhos para o que Jesus já tinha dito há muito tempo - "...o campo é o mundo...", "...vocês serão minhas testemunhas TANTO em Jerusalém COMO em toda a Judéia e Samaria até os CONFINS DA TERRA...", "...indo, façam discípulos de TODAS AS NAÇÕES..."... Por meio de todos os idiomas, para todas as culturas e em cada canto do mundo - que Ele seja anunciado e conhecido. 


E o que eu não esperava aconteceu: me apaixonei pelo país, pela cultura, pelo povo simpático e acolhedor, pelo ambiente familiar, pelas cores, pela natureza ao meu redor e, especialmente, me alegrei em estar me unindo ao que Deus já estava fazendo por lá junto com outros 13 brasileiros que amam mais a Deus do que a si mesmos e que, por isso, estavam lá também. Acordar às 7h quase todo dia, rotina intensa nas universidades e internamente como equipe, apoio e trabalho de parceria com igrejas locais e, para a nossa alegria, dias livres para conhecermos de perto uma das 10 ilhas do arquipélago e a grandiosidade da Criação - e, como consequência, a soberania e beleza do Seu Supremo Criador. E, melhor do que tudo isso, foi ver pessoas desejando conhecer a Cristo ao entregar suas vidas a Ele bem como ver outros se motivando para continuarem unidos a Deus para que Cabo Verde ouça e creia na Boa Nova! Em verdade, se jogar na aventura da "vida sem fronteiras" faz a vida valer a pena.

Ao infinito e além.


Eu ando pelo mundo, pois meu chão é o mundo.

Finalmente, essa nova experiência transcultural serviu basicamente para que eu relembrasse de coisas que já estavam em minha mente, mas que eu insistia em ignorar ou achar que podiam ser apenas produto de minha imaginação. Sendo mais claro, há dois anos estive na Itália e durante meu período por lá, alguns versos ecoavam em meus ouvidos diariamente, quase que em todos os momentos - a cada rua onde passava, em cada cidade que visitei, a cada nova conversa com algum italiano:

"...Deus, onde estás?
[...]
Acende toda luz iluminando a terra
Que convive com a dor sem esperança...
Vai onde há dor e cura
Vai onde não há amor e ama...
Vai onde há dor e alegra
Vai onde não há amor e transforma...
[...]
Vai onde não há esperança e traz esperança..." [Palavrantiga]


Essa é a pergunta que o mundo faz. Se nós acreditamos que conhecemos verdadeiramente o Deus verdadeiro, o que temos feito para responder a essa pergunta? Ela vem dos quatro cantos do mundo, em todas as línguas, em vários sotaques, de diversas maneiras - nos sertões e nas comunidades ribeirinhas, em italiano ou em crioulo, no "mineirês" ou no "baianês", na Europa ou na África - e a responsabilidade dos que dizem ser porta-vozes do Reino é ir até todos os que permanecem nessa inquietação para dar fim a toda incerteza. Que nossos pés se movam "...sob os cantos do mundo..." para proclamar que Ele está aqui, está ali, está em toda parte - e, especialmente, que Ele se revelou por meio Daquele que nasceu numa manjedoura, viveu uma vida sem pecado e Se entregou voluntariamente a fim de que todos os que se arrependem dos seus pecados e creem em Seu nome sejam salvos. 

Eu não nasci para limites geográficos - eu fui intimado a "ir por todo o mundo..."! Eu não nasci para adentrar nos mesmos ambientes e contextos - eu sou inspirado a me fazer "...tudo para com todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns..."! Eu não nasci para "zonas de conforto" - eu quero ver os horizontes distantes! Se você se diz cristão, lembre-se que Jesus ressuscitou dos mortos e levante-se de sua cama. Por outro lado, se você não crê em Jesus Cristo, arrependa-se dos seus pecados e ofensas contra Deus (que é santo e justo) e creia que Ele pode perdoar. Busque-O enquanto Ele pode ser achado e O invoque enquanto Ele está perto.

Se você não quer sair de suas fronteiras, não me impeça - eu sou livre e eu navego pelos rios da vida sem perder o rumo! Mas, se minha companhia é importante pra você, esteja pronto para a aventura de ser "sem fronteiras". 





Pela alegria de seguir a Ele "sem fronteiras",




Soli Deo Gloria!

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