quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Quem é o maior?

Mais uma semana se passou. 

Depois de pensar um pouco para ver se alguma boa ideia surgia, vou escrever. 

Espero ter sucesso. Ora, esse blog é apenas algo autoterapêutico [risos] e não tem pretensões de parecer uma coluna literária profissional. 


Bem, desde ontem estive pensando na pergunta que dá título a este post, particularmente devido ao fato de que há 11 anos, em Nova York/EUA, ocorreu o ataque terrorista às torres gêmeas do World Trade Center, considerado por muitos como o mais grave de toda a história, visto que mais de 3000 pessoas foram mortas naquela manhã de 11 de setembro de 2001. Lembro-me (como se fosse hoje) do momento em que cheguei em casa do colégio, liguei a TV e vi o instante exato da batida do segundo avião na torre sul do WTC - foi assustador. A torre norte já havia sido atingida. Pessoas desesperadas. Mortes. Mas essa não é a questão que quero tratar aqui.  Acredite: tem algo ainda mais importante em tudo isso.


O mundo estava em pânico. Os estadunidenses (prefiro chamá-los assim, rs) não conseguiam acreditar no que viam.  Um dos seus principais símbolos do poder econômico estava em chamas, desaparecendo. Como sempre aconteceu nos séculos anteriores, com todos os impérios, reinos, dinastias e governos, chegava o dia em que os dominadores e soberanos pareciam feridos de morte. De fato, o 11 de setembro e a Al-Qaeda [será que foram eles mesmos?] mostravam que a nação mais poderosa do mundo não era tão intocável assim. Na verdade, nenhum de nós é tão forte quanto julga ser. 

Império egípcio. Império assírio. Império babilônico. Império grego/macedônico. Império romano. Império bizantino. Os diversos governos medievais e absolutistas. As monarquias na América e na África. Os governos comunistas totalitários. 

Todos, em algum momento, caíram. Sumiram. Então, quem é o maior?



Essa mesma pergunta foi feita pelos discípulos de Jesus ao próprio Cristo, conforme registrou o evangelista Mateus em seu livro, onde se lê:

"Naquela mesma hora chegaram os discípulos ao pé de Jesus, dizendo: quem é o maior no reino dos céus?
E Jesus, chamando um menino, o pôs no meio deles, e disse: em verdade lhes digo que, se vocês não se converterem e não se fizerem como meninos, de modo algum entrarão no reino dos céus.
Portanto, aquele que se tornar humilde como este menino, este é o maior no reino dos céus. [Mateus 18:1-4]

Lá estavam os discípulos. Loucos para saber quem era o maior no reino de Deus. Melhor: estavam mais loucos ainda para ouvir o nome de algum deles ser pronunciado por Jesus. Hoje não é diferente. Nós também gostaríamos que Jesus dissesse para cada um de nós que éramos, individualmente, os maiores no reino dos céus. 

Frustração total.



Na verdade, Jesus diz algo absurdo aqui. Preste atenção: no nosso mundo, os que se fazem humildes [ou, de fato, não tem nada do que se orgulhar e, por isso, são humilhados e desprezados pelos outros] não têm qualquer importância. Por outro lado, no reino de Deus, os humildes são os maiores. Mais do que isso: ele diz que o destino eterno de cada um de nós está diretamente ligado a isso. Não há lugar para os orgulhosos no reino Dele. Não há lugar no céu para os que não se convertem de sua maldade e prepotência em direção a Ele. Não existem atalhos. Não existe "jeitinho brasileiro". Ele disse: "...de modo algum entrarão no reino...". De modo algum. Eu não quero correr o risco de passar a eternidade fora do reino Dele [onde a paz e a justiça nunca terão fim] por causa de uma vaidade idiota. Você ainda quer correr esse risco?

Todos os impérios e reinos que eu mencionei aqui tiveram ou terão fim. Por mais poderosos que sejam ou tenham sido, um dia seu poderio se esgotou. A esse respeito, nada pode ser mais curioso do que o que disse Napoleão Bonaparte:

"Eu estava fazendo uma revolução na força da guerra... Mas lendo as páginas da Bíblia, descobri que Cristo fez uma revolução muito maior do que eu... Sem violência e destruição, fez a revolução do amor e da liberdade espiritual pelo sangue da sua cruz". 



Chocante! Um dos maiores conquistadores dos últimos séculos reconhece que a maior revolução da história foi feita sem armas e sem opressão. O mais Sublime, o Deus Eterno, Aquele por meio de quem e para Quem foram criadas todas as coisas, se fez homem, tomou a forma de escravo, foi o mais humilhado e desprezado e revolucionou tudo com o Seu amor. Pois Ele mesmo disse:

"...Vocês bem sabem que pelos príncipes dos gentios são estes dominados, e que os grandes exercem autoridade sobre eles.
Não será assim entre vocês: mas todo aquele que entre vocês quiser fazer-se grande, esse seja o serviçal e, qualquer que quiser ser o primeiro, seja esse o servo.
Bem como o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em resgate de muitos..." [Mateus 20:25-28]

Está claro. No esquema de Cristo, tem que se fazer como nada para ter valor. Tem que se fazer como o mais insignificante para ser prezado pelo Único Digno. Quanta graça ter o apreço Dele, apesar de quem sou! Quero ser menor a cada dia para que tenha valor onde realmente vale a pena ser valorizado. 



Não são os impérios e reinos humanos que são grandes. Não são os nobres segundo o nosso mundo que são os "maiores". Ninguém é maior. Pois, mesmo que a gente entre no esquema de ser humilde, continuaremos a ser indignos do Reino por nós mesmos. Maior de verdade, o Maior de todos, o Todo-poderoso, só é um. Jesus Cristo, o Filho de Deus, o Servo Sofredor, o Filho do Homem. 

"E é necessário que Ele cresça e que eu diminua". [João 3:30].




Pela certeza de pertencer ao reino do Maior de todos,





Soli Deo Gloria!


Nenhum comentário:

Postar um comentário