segunda-feira, 30 de outubro de 2023

"Upterranean Homesick Alien" - uma oração

 Deus onipotente, a Quem é devido o temor,
Nenhum de nós sabe orar como convém.

Todavia, ouso falar-Te, confiado em Teu amor,
O qual provaste na pessoa de Teu Filho,
Enviado ao mundo por nós e para nossa salvação,
Garantida para sempre a todos que nEle crêem.

Sei que tais palavras podem ser repetitivas,
Contudo "elas são uma segurança para mim",
Visto que, lá fora, a maldade se multiplica,
E, aqui dentro, ainda insiste em existir.
Há inocentes sequestrados e até bebês decapitados
Pela espada iníqua de homens abomináveis,
Apoiados por hordas de "democratas desprezíveis",
Cuja existência é, em si mesma, um "atentado"
A todos os que amam o bem e a justiça,
A qual está, há tempos, de todo pervertida,
Pelas mãos e mentes de poderosos depravados


Embora fale com tal dureza e severidade
De alguns dentre nós que "respiram maldade",
Todos devemos reconhecer nossa real condição,
Herdada por solidariedade com o "primeiro Adão".
Logo, não há quem seja justo e nunca peque,
Ainda que, na prática, não sejamos igualmente maus,
De modo que, se a Tua graça não estiver em ação,
Todos nos destruiremos mutuamente.
Levanta-Te, ó Senhor, Deus dos Exércitos,
O Único cujas guerras são, de fato, justas,
Vem e defende os que não podem se proteger
Dos assassinos das "hadiths" e das "sunas" -
Bem como de todos os que são como eles.
Não Te esqueças, também, Deus misericordioso,
De livrar-nos de nossa remanescente corrupção,
A fim de conformar-nos à imagem de Teu Filho,
Que virá a Sião para consumar a salvação.

Assim, permaneço ante Tua face, ó Deus fiel,
Pois Te deste a conhecer às Tuas criaturas,
Seja no "livro da Natureza", seja nas "Santas Escrituras",
Cujos oráculos foram dados aos filhos de Israel.
Tu não és como nenhum de nós, fracos e inconstantes,
Visto que manténs Tuas promessas para sempre 
E, tendo concedido dons que são irrevogáveis,
És digno da confiança daqueles que Te temem.
Assim, não permitas que nos ensoberbeçamos
Para com aqueles que outrora separaste,
Mas faz-nos, por Teu favor, humildes e gratos,
Sabendo que os ramos são, pela raiz, sustentados,
Até que se complete o "enxerto dos silvestres"
E venha, por fim, a redenção dos que foram cortados


Tu nos fizeste para Ti, ó Rei soberano,
Porém nós, de livre vontade, contra Ti nos rebelamos
E, assim, nos expulsaste de nossa morada original,
Fechando-nos o caminho para a "árvore da vida"
Após preferirmos o "conhecimento do bem e do mal"
Desde então, por meio de cidades, reinos e impérios, 
Buscamos construir, inutilmente, nossos próprios "paraísos",
Mostrando, então, a "saudade de um lugar perdido",
Marca indelével de nosso "senso do eterno".  
Portanto, todos vivemos como que "alienados",
De forma que, para longe de Tivagamos desorientados
À procura de uma "terra" para chamar de "nossa",
Na qual obteríamos o descanso desejado. 

Por isso, formaste no passado um povo para Ti
E lhe prometeste herança à vista das nações,
A qual lhe deste após muitas jornadas e batalhas,
Vencidas com o auxílio de Teu braço forte.
Vindo, porém, a desobediência e a obstinação,
Tu os exilaste entre os seus inimigos,
Os quais destruíram tudo que lhes era valioso
Para que as Tuas palavras se cumprissem
Tu, entretanto, os trouxeste de volta ao seu lugar
E também julgaste aos que lhes maltrataram,
De modo que a Tua justiça fosse reconhecida
E o Teu nome, devidamente temido.

É tempo de agires novamente, ó Guarda de Israel,
Pois muitos continuam a desprezar a Tua Lei,
Posto que cobiçam o que nunca lhes pertenceu
A fim de exterminarem Teus antigos escolhidos.  


Afirmo, pois, juntamente com Teus santos profetas,
A Tua fidelidade aos que, de antemão, conheceste,
Os quais, agora, estão em parte endurecidos,
Enquanto não se consumam Teus eternos desígnios.
Estende, assim, o Teu reino por entre os povos,
Visto que desejas que todos Te louvem,
A fim de que Teus filhos dispersos sejam reunidos
E, tendo sobre eles um só Pastor, o Teu Ungido,
Sejas misericordioso com as demais "ovelhas perdidas". 
Por isso, em Ti firmamos nossa confiança,
Ainda que, por um pouco, triunfem o terror e a matança,
Até que destruas o ímpio, dando fim à impunidade,
- Para que nada mais se ache de sua impiedade -
E salves o justo, conduzindo-o à eterna bem-aventurança.

Até quando, pois, nos veremos de todo assediados
Por inimigos cruéis, mais fortes e articulados,
Os quais nos 'perseguem com fúria pertinaz'
Cercando-nos e vigiando-nos por todos os lados?
Sei que 'a esperança adiada adoece o coração'
Bem como que 'não se espera aquilo que já se vê' -
Ajuda-nos, então, a seguir 'vivendo por fé',
Acolhendo os 'paradoxos' que nos deixam inquietos
Mas que, em Ti, encontram o seu sentido certo.
Guarda-nos de sermos 'abduzidos' pela dúvida
E protege-nos de nos afastarmos da verdade,
Para que nossos pés andem no caminho da paz
[Sob a luz do Sol que já nasceu e hoje brilha]
Até que cheguemos, seguros, à nossa Terra Prometida.


Desde o princípio, quando criaste tudo quanto existe,
Estabeleceste para cada um o seu devido lugar,
De tal modo que nos espalhaste por toda a terra
Para que, tateando, viéssemos a Te encontrar.
Logo, embora todos tenhamos nossa própria "pátria",
Com sua cultura, língua, história e tradição,
Nenhuma delas é a nossa 'residência final'
[Por mais que as amemos com todo o coração],
Tendo em vista que esta vida é temporal.
De fato, todos somos, em algum grau, peregrinos,
Seja nas mudanças de país, estado ou cidade,
Seja quando nos sentimos como "estranhos no ninho" -
A diferença, pois, está em como seguimos a jornada
E em que nossos olhos estão fixados,
De forma que, se estiverem para Ti direcionados,
Tu nos livrarás de toda armadilha do mal.  

Eu sou um 'forasteiro' com saudades de uma cidade que vem do alto.

Enquanto estivermos encarcerados em um mundo caído,
Haverá roubos, invasões, "hijras" e extermínios,
Tanto em nome de falsos deuses e seus "mensageiros"
Quanto de ideologias totalitárias e do "progresso político" -
Os quais, muitas vezes, estão trabalhando "bem unidos".
Contudo, o fim do "teatro das tesouras" se aproxima,
Em cujo Dia o Diretor da peça subirá ao palco
Para decretar, sobre todas as coisas, um ultimato,
Pelo qual concederá vida eterna aos Seus justificados
E, ao mesmo tempo, ira e indignação aos reprovados.
Eis o fim que é só o começo do verdadeiro espetáculo:
O Grande Rei virá à Sua cidade para assumir Seu trono,
E, assim, homens de todos os povos a Ele afluirão,
Até o "gran finale", no qual o Enganador será atormentado
Para que, finalmente, apareça a Nova Criação

Eu aguardo uma "cidade que tem fundamentos",
Cujo Arquiteto é a Fonte da perfeita Beleza;
Dela sou saudosista, embora jamais a tenha visto,
Não obstante saiba que em breve ela descerá.
Ali habitarão todos os que por Ti foram comprados,
Judeus e gentios, ricos e pobres, livres e escravos,
Entre os quais não mais haverá guerras nem inimizade
Visto que o amor permanecerá por toda a eternidade.
A fé, enfim, vencerá o mundo, a Graça superabundará,
O Mediador estará entre nós e a Escritura se cumprirá.
Glória, pois, somente Àquele que reinará!




Soli Deo Gloria!

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