sexta-feira, 3 de maio de 2013

Somos quem podemos ser...

Depois de muito tempo, voltei aqui.

Entretanto, dessa vez, tive razões não muito boas para estar ausente - meu computador pessoal está há 3 semanas em manutenção e eu não tive como atualizar o blog... Mas hoje eu dei um jeito e estou dando as caras (risos).


Sem papas na língua, vou direto ao ponto - na verdade, volto a bater na mesma tecla que tenho batido nos posts anteriores. Eu não sei exatamente o porquê, mas não consigo sair do tema da liberdade para ser quem se é na medida em que Deus me conforma à Sua própria natureza. Sabe, é aquela coisa de "não estar preocupado em agradar a todos", de "saber a dor e a delícia de ser o que é", de tomar o jugo suave e o fardo leve Daquele que tem todos os motivos para cobrar de nós porém, em vez de nos oprimir, ele nos ajuda a carregar a cruz ao longo da longa jornada


Desse modo, como gosto de brincar com o que alguns teólogos denominam "graça comum", intitulei este post com o nome de uma das canções mais conhecidas de um grupo de rock gaúcho dos anos 80 chamado Engenheiros do Hawaii... Ah, saudade da boa música dos anos 80 [parêntese].

Somos quem podemos ser.

Primeiramente, somos o que somos. No entanto, por nossa própria identidade de "ser humano", não somos os mesmos o tempo todo. As diferentes fases da vida, os diversos ambientes que frequentamos, as pessoas com quem andamos, os livros que lemos e as músicas que ouvimos e, acima de tudo, os princípios e crenças (ou mesmo a ausência de princípios e de crenças) que adotamos como fundamentos para a vida nos moldam e fazem de nós o que somos. E, sobre tudo isso, está Deus - aquele em quem vivemos e existimos, para quem são todas as coisas e em quem tudo subsiste [Atos 17:28, 1 Coríntios 8:6 e Colossenses 1:17]. Logo, se somos o que somos - seja como for - , é primordialmente por causa Dele. 


Por isso, cada um tem a sua própria identidade e deve ser admirado e/ou respeitado como se é, ainda que as diferenças de comportamento e de ações diante de determinadas circunstâncias nos pareçam "chatas". Eu, por exemplo, não gosto de muitas coisas nas pessoas - indiferença, frieza, falta de sensibilidade com os sentimentos dos outros, humor cruel, zombaria com a ingenuidade do outro, mentira, orgulho, ser esnobe etc. -, mas não ando por aí fazendo campanhas para que elas mudem de comportamento só porque eu quero e pronto. Não perco meu tempo com esses caprichos. Eu estou mais preocupado em me examinar e em buscar ser melhor Naquele que pode mudar o que realmente precisa ser mudado em mim. E só pra lembrar: esse Alguém a quem me refiro não é você, "tá serto"? [perdoem o português intencionalmente errado]. 

Os Engenheiros do Hawaii estão certos - somos quem podemos ser. 


Cada um tem a sua própria história e, como disse Aslam em uma das histórias das Crônicas de Nárnia, "a cada um só é permitido saber a sua própria história". Não tenho que ficar focado nas vidas alheias, como se eu fosse o "salvador da pátria" daquele amigo introspectivo e estressado ou mesmo o "transformador de caráter" daquela menina metida e aparentemente esnobe. Eu não posso mudar ninguém e nem você pode. Se nos relacionamos com os outros baseados em "trocas de favorezinhos" ou de "pequenas barganhas", não estamos nos relacionando com elas e sim sendo sanguessugas delas. Como disse no post anterior, se a Bíblia diz que devemos aceitar uns aos outros assim como Cristo nos aceitou, essa aceitação é baseada em graça e compaixão, em benignidade e em um padrão de justiça diferente daquele do nosso mundo. 


Finalmente, quero mencionar um trecho das Escrituras que tem ficado firme em minha mente esses últimos dias, onde se lê:

"Seu divino poder nos concedeu todas as coisas de que necessitamos para a vida e para a piedade, por meio do pleno conhecimento Daquele que nos chamou para a Sua própria glória e virtude, pelas quais Ele nos deu as Suas grandiosas e preciosas promessas, para que por elas vocês se tornassem participantes da natureza divina e fugissem da corrupção que há no mundo..." 
[2ª Epístola do Apóstolo Pedro, cap. 1, vs. 3-4]. 

Mais claro impossível - Deus já nos deu TUDO o que precisamos para desfrutarmos do dom da vida e para fazermos isso de modo justo e íntegro. Na medida em que conhecemos a Ele em Sua plenitude, podemos descansar no fato de que fomos chamados para participarmos de Sua glória e de Sua santidade. A Bíblia nos promete que seremos semelhantes a Cristo quando Ele se manifestar e que fomos predestinados para sermos conformes à imagem Dele (1 João 3:2 e Romanos 8:29). Isso é tão maravilhoso! Os deslizes que damos, as falhas que cometemos, os pecados que praticamos e as coisas boas que deixamos de fazer - tudo isso não impedirá o propósito final de Deus, que sempre faz tudo o que Lhe agrada (Salmo 115:3).  


Os que são de Cristo são novas criaturas - ou seja, é uma natureza nova, uma mente nova, um coração novo. Depois que conhecemos a Verdade e ela nos liberta, eu não preciso passar por "novos processos de libertação" ou por "curas interiores" - eu sou livre! Foi para a liberdade que Cristo me libertou! Eu não vou me submeter a nenhum jugo de escravidão! Eu fico com as Escrituras que dizem que "se o Filho os libertar, vocês serão verdadeiramente livres". LIVRES! Chega de cobranças farisaicas de comportamento... Eu não aguento mais! Eu sou livre e só preciso me submeter a Cristo e à Sua Palavra. 

E você? Já se deu conta disso (caso você seja mesmo um servo Dele)? Não seja nada além do que você pode ser; seja simplesmente aquilo que a Graça Dele quiser que você seja.




Pela alegria de ser tudo o que posso ser Nele,




Soli Deo Gloria!

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