terça-feira, 7 de junho de 2011

Autoidentidade...

Caros leitores,
Esse novo post, diferentemente de todos os demais, tem um pouco mais do que sou, de mim mesmo... Não que os anteriores não fossem, de certo modo, de minha propriedade, pois seus autores originais disseram (ou escreveram), com legitimidade e beleza, muito do que eu também diria (ou escreveria), se o talento a eles intrínseco também me houvesse sido conferido... Dessa maneira, como não tenho um domínio apreciável das palavras e da linguagem escrita, peço aos visitantes que sejam compreensivos (risos), certo?
Certamente, os que dedicam um pouco de seu tempo para lerem as postagens aqui publicadas percebem que tenho preferência por alguns assuntos, como teologia, arte e cultura, além da ciência... Tenho adotado esse comportamento por me interessar bastante por esses tópicos e por entender que a comunidade cristã deveria ter um apreço maior nesse sentido... Acredito, sem sombra de dúvida, no fato de que Deus está diretamente vinculado a cada detalhe de nossa história, ou melhor, que Ele é o sumo autor-diretor-protagonista da mesma... Portanto, precisamos desenvolver um senso crítico que nos permita estar inseridos na sociedade e em sua cultura sem perder a contundência bíblica bem como o caráter missional do verdadeiro evangelho.
Bem... Eu me defino com um "cristão subversivo", como o próprio blog o sugere de forma explícita... Mas, sendo mais direto, em que consiste essa "espiritualidade subversiva" (parafraseando E. Peterson)? Em que termos ela se manifesta? Qual a razão de adotar a subversão como um dos fundamentos da vida cristã na vida real?
Primeiramente, Deus agiu de maneira "subversiva" desde a criação... Ele existia desde a eternidade e Ele apenas... Nada ao Seu redor, acima, abaixo ou mais adiante... Simplesmente nada. E, repentinamente, "...Deus no princípio criou os céus e a terra, e a terra era sem forma e vazia..." (Gn 1:1-2a)... Já conseguiu imaginar como deve ter sido brutal, espantoso, assustadoramente espetacular? De repente, do nada, ex nihilo, surge o Universo... Nos momentos seguintes, Deus continua subvertendo a ordem anteriormente existente (a qual também havia sido governada por Ele, se pensarmos bem) e cria todas as coisas somente com a sua Palavra, usando a sua voz... A física, com seus fenômenos ondulatórios mecânicos, se torna impotente, insuficiente, pois no vazio ecoava uma voz e, imediatamente, tudo aparecia (Sl 33:9). Finalmente, Deus (Elohim, palavra pluralizada no hebraico) pratica a maior das subversões da criação: o homem (Gn 1:26)! Sim, eu e você, somos produtos da mente de Alguém muito superior, que não cabe nesse pequeno post...
Eu poderia citar outras "subversões de Deus" mostradas ao longo dos relatos bíblicos, mas quero destacar a última, mas incomparavelmente absurda, insana, impressionante, indescritível... Deus "se subverteu" e durante o apogeu do Império Romano, nasce um menino em Belém da Judéia, chamado Jesus... Mais diretamente, Deus nasce e vem ao mundo através de uma criança nascida numa estalagem na atual Cisjordânia, região ocupada pelos palestinos... Considerando um aspecto desse acontecimento estonteante, mais constrangedor é pensar que Deus teve de "fugir" com seus pais para não ser mosto pelo Rei Herodes, ou até mesmo que Ele brincava nas areias do deserto, que teve amigos na sua infância etc. Sim, de fato, essa é uma questão de fé individual, entretanto quando tudo isso começa a fazer sentido, a melhor palavra para definir o ocorrido é "subversão"... Deus foi como um de nós em toda a plenitude de sua humanidade-divindade; logo, Ele nos entende, nos conhece, nos cerca, se faz real em cada canto, em cada esquina, em todo o lugar (Sl 139:7-12).
Eu acredito num Deus que nasceu e viveu uma vida análoga à que vivo hoje, num Deus que fez coisas que ninguém fez, que disse coisas que ninguém disse, que finalmente sofreu o que ninguém poderia sofrer... Eu creio num Deus que morreu para salvar pessoas como eu, pecadores, perdidos, incompletos, insuficientes, imperfeitos... A diferença é que hoje não há mais pedra, somente lençóis... A voz do anjo proclama: "...porque buscar entre os mortos ao que vive?... Ele não está aqui, pois ressuscitou..." (Lc 24:5b-6a) Ele ressuscitou, está vivo e é real... A melhor notícia que eu posso dar a você, caro leitor, é que a história de Deus não é um conto de fadas, que sempre acaba em final feliz e fica só na imaginação... A história de Deus nem sempre terá finais felizes (João 16:33) mas terá o maior Gran Finale jamais visto... E ela não é conto de fadas, ela é real!
Jesus disse para nos arrependermos e crermos no evangelho... E o evangelho é a expressão de três pequenas frases: Cristo morreu, Cristo ressuscitou e Cristo virá novamente...  Deus está fora das fronteiras eclesiológicas, religiosas... Ele se revelou a nós através de Seu Filho Jesus Cristo e deseja se relacionar conosco... Quem está pronto para a aventura de conhecer o "Indescritivelmente Subversivo"?
A corrida começou e bobo é quem por último chegar!


Soli Deo Gloria!

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