Dessa vez demorei menos para voltar aqui.
Embora nesses últimos dias eu tenha estado menos atarefado, ainda que eu estivesse cheio de atividades, o que me fez pensar nesse post não poderia esperar mais tempo - são daquelas coisas que não podem ser deixadas pra depois, daquelas questões chamadas de "vida ou morte"... Vida ou morte mesmo.
Leia e você irá entender.
O tema dessa postagem remete ao relato registrado nos primeiros capítulos do livro de Gênesis, o qual apresenta Deus criando o universo e tudo o que nele existe, incluindo o homem e a mulher - ver capítulos 1 e 2. No entanto, no terceiro capítulo, os textos sagrados apresentam o seguinte episódio, como segue:
Ora, a serpente era o mais astuto de todos os animais selvagens que o Senhor Deus tinha feito. E esta disse à mulher: é assim mesmo que Deus disse: não comam de nenhum fruto das árvores do jardim?
Respondeu a mulher à serpente: do fruto das árvores do jardim podemos comer, mas Deus disse: não comam do fruto da árvore que está no meio do jardim, nem toquem nele, para que não morram.
Disse a serpente à mulher: certamente vocês não morrerão!
Porque Deus sabe que, no dia em que vocês comerem, seus olhos serão abertos, e vocês serão como Deus, conhecendo o bem e o mal.
Quando a mulher viu que a árvore parecia agradável ao paladar, atraente aos olhos e desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto e comeu, e deu também a seu marido, e ele também comeu. [Gênesis 3, vs. 1-6]
Primeiramente, nesse trecho das Escrituras é narrado o acontecimento mais trágico da história humana, visto que mostra a entrada do pecado do mundo pela desobediência do homem à ordem de Deus, implicando em sua queda, corrupção e destituição da glória de Deus. Em contrapartida, embora alguns tentem convencer a si mesmos e aos demais de que tudo isso não passa de um mito, essa tentativa é mais uma clara evidência de que, de fato, o homem se rebelou contra o Seu Criador e, como resultado, também tenta negar essa rebelião a todo custo - ora, "essa história de pecado é muito antiquada, retrógrada e 'politicamente incorreta'", dizem eles. Em outros termos, vamos falar de coisas mais aprazíveis e modernas, uma vez que estamos superando essas "imposições ultrapassadas da religião", que "cada um tem a sua verdade" e que falar de uma única verdade é desrespeito e intolerância. Ora, no fim das contas, "Love Wins" e tudo se torna colorido. É ou não é?
Não. Não é.
Como já foi citado neste mesmo blog, quando as Sagradas Escrituras falam de "pecado", ela quer dizer "pecado" e não "outra forma de amor", ou "ser diferente", ou "diversidade", "outra verdade" ou qualquer coisa do tipo. E, conceitualmente, as Escrituras definem pecado como "errar o alvo" ou "medida do desvio em relação a um padrão pré-estabelecido", conforme as palavras transliteradas "hamartía" do grego ou "hatá" do hebraico. Isto é, pecar se relaciona com "estar aquém" de um determinado objetivo ou meta, de forma que o "pecador", neste caso, é aquele que não tem capacidade em si mesmo de alcançar esse alvo ou patamar. Logo, o chamado "pecado original" relatado no texto acima implica, nesse sentido, que o homem não atingiu o padrão estabelecido por Deus - ora, ele fez aquilo que Deus disse que ele não deveria fazer e, dessa maneira, se corrompeu de maneira radical, se tornando então totalmente incapaz de se adequar às exigências divinas. Em suma, Deus é o supremo alvo para o qual os homens foram criados - pois está escrito que "Deus os formou para Sua glória" - e, quanto mais os homens se distanciam e se alienam de Deus, mais eles ratificam a sua condição de pecadores.
Mas, espere um pouco - você talvez me diz.
- Essa história de uma serpente falante e de uma mulher que come um fruto não-descrito juntamente com seu marido é a maior tragédia da humanidade? Você só pode estar de brincadeira, seu blogueiro amador metido a intelectual!
Não. Eu não estou de brincadeira.
Esse blog não é o "Porta dos Fundos", não é a página da Socialista Morena e nem qualquer coisa parecida com sites ou programas de TV que apresentam um deus "ao gosto do freguês". Se quiser brincar de jardim de infância e não se preocupar com a sua alma, saia daqui agora mesmo.
Na verdade, o ponto principal que me levou a escrever esse texto é a pergunta inicial da "serpente falante" - que, em outro lugar nas Escrituras, é chamada de "diabo e satanás, o sedutor de todo o mundo" [ver Apocalipse 12, vs. 9] -, que disse à mulher: "é assim mesmo que Deus disse?"
É assim mesmo que Deus disse?
A pergunta direcionada a Eva pela serpente continua sendo feita até os dias de hoje e, sem rodeios ou delongas, nada mais é do que uma atitude insolente, arrogante, altiva, desdenhosa e pretensiosa de duvidar de Deus como Deus verdadeiro, fazendo Dele um mentiroso. Na prática, essa pergunta se mostra claramente nas ideologias e nas variadas formas ou estilos de vida em voga nos nossos dias, que buscam avidamente desmoralizar tudo que se refere a Deus - especificamente ao Deus bíblico - e aos Seus respectivos valores. Ora, "a família tradicional é algo que tem que ser reformulado, porque é muito opressivo e atrasado", "o Estado é laico e, por isso, é um desrespeito haver um 'Pai Nosso' numa reunião da Câmara dos Deputados", "Deus foi morto por Nietszche, Marx, Freud e todos os nossos 'intelectuais modernos' e, desse modo, Ele é um grande delírio e quem acredita Nele como 'amiguinho imaginário' é um ser muito fraco, pois precisa desse tipo de ilusão para se firmar" e, claro, "ser diferente é uma questão de igualdade; portanto, todo mundo é igual a todo mundo e todos tem o direito de ser e fazer o que bem querem de suas vidas, pois cada um tem a 'sua própria verdade pessoal'".
Ora, "foi isso mesmo que Deus disse?" Ou melhor ainda: Deus? Que "deus"?
Pensando nisso, me recordo de certas palavras extremamente perturbadoras e que estão lá, no Livro de Deus, o livro mais odiado da história - e que possivelmente você que está lendo esse texto também odeia, caso você não tenha sido salvo por Deus em Cristo -, dadas a seguir:
Que importa se alguns deles foram infiéis? Porventura a infidelidade deles aniquilará a fidelidade de Deus? De maneira nenhuma! Seja Deus sempre verdadeiro, e todo homem mentiroso, como está escrito:
Para que sejas justificado em Suas palavras e prevaleças quando julgares. [Romanos 3, vs. 3-4]
Se dissermos que não temos pecado, fazemos de Deus um mentiroso, e a Sua palavra não está em nós. [1 João 1, vs. 10]
Naquela época não havia rei em Israel; cada um fazia o que era certo a seus próprios olhos. [Juízes 21, vs. 25]
Resumidamente, Deus permanece sendo verdadeiro a despeito da maldade dos homens, incluindo os homens que dizem ser de Deus bem como que se consideram Seus seguidores - ora, se Deus dependesse de minha fé para ser uma realidade, Ele não seria Deus e, portanto, não passaria de um produto inútil da minha mente, pois também está escrito que "...Nossos antepassados possuíam deuses falsos, ídolos inúteis, que não lhes fizeram bem algum... Pode o homem mortal fazer os seus próprios deuses? Sim, mas estes não seriam deuses" [Jeremias 16, vs. 19b-20]. Ou seja, Deus é Deus, o único Deus verdadeiro, quer você goste disso ou não, quer você chame isso de "desrespeito à fé do outro" ou não - ora essa, todos os dias cada um de nós (uns mais do que outros, é verdade) ofendemos a Deus o tempo todo com nossos pecados; logo, nada mais justo do que nos ofendermos por um momento com o fato de que Ele é sempre verdadeiro e, quando estamos contra Ele, todos nós somos mentirosos. Na realidade, somos tão mentirosos a ponto de negarmos que somos pecadores em nossa essência bem como por termos prazer em nossa impiedade ou maldade - e, quanto a isso, a sentença é uma só: a Palavra de Deus não está presente, a verdade de Deus foi ignorada, não importa as suas "simpatias religiosas", "boas intenções" ou o "amor em seu coraçãozinho enganoso e corrupto".
Além disso, vale ressaltar que o Século XXI - mais do que qualquer outro século, talvez - pode ser resumido nas palavras "...cada um faz o que é certo a seus próprios olhos...". Isto é, "eu sou o meu próprio deus e todos devem se render a mim e a meus 'direitos'", "...não tem essa coisa de 'certo e errado', isso é muito impositivo e ultrapassado", "o que é pecado pra você não é pecado pra mim, essa é a 'sua fé', a 'sua verdade' e isso não se deve enfiar goela abaixo..." são alguns dos "jargões do momento", os quais servem para tentar evitar todo tipo de confronto ou desconforto - ora, como uma amiga minha, estudante de jornalismo, escreveu esses dias em seu facebook: "todos acham louvável a atitude de ir em busca da verdade, mas eles sempre querem silenciar ou ultrajar aquele que diz que a encontrou...". Ou seja, ir em busca da "verdade" é algo que desperta admiração, mas vai alguém dizer que "achou a verdade"... Aí já era! Esse "descobridor da verdade" será o "intolerante do momento", aquele que "quer oprimir os outros" e que "não respeita o diferente". Nesse contexto, com essa coisa toda de "novilíngua", "preconceito linguístico", "politicamente correto", "novo paradigma" e coisas afins, "ter opinião é crime" - porém, se for assim, eu serei um "criminoso" até o fim dos meus dias.
Certa vez, um escritor bíblico afirmou: "eu sei em quem tenho crido". Isto é, Ele não estava dizendo que "sabia em quem ele cria, mas..." - não tinha "mas"! É convicção, certeza, segurança. E, mencionando algumas das palavras do próprio Jesus Cristo, Ele disse de Si mesmo que era "a Luz do mundo", o "Eu Sou - referência ao nome mais elevado de Deus", "o Bom Pastor", "a Ressurreição e a Vida", "o Caminho, a Verdade e a Vida" e também "o Filho do Deus bendito" - não tem artigos indefinidos ou expressões de possibilidade; há apenas certezas, há apenas singularidade, doa em quem doer, reclame quem quiser reclamar, zombe quem quiser zombar, desacredite quem quiser desacreditar. Cristo é tudo que Ele disse ser porque Ele fez coisas que ninguém jamais fez e, como Ele mesmo disse, "os homens agora não tem desculpa de seu pecado, pois eu vim ao mundo e falei a eles, e também fiz obras que ninguém fez, de forma que eles viram isso e odiaram a mim e a meu Pai" [João 15, vs. 22 e 24 - adaptado].
Enfim, hoje os homens continuam ouvindo as palavras de Jesus e conhecendo o que Ele fez por meio da Bíblia e, do mesmo modo, continuam odiando a Ele e odiando a Deus, por mais que digam que "Jesus era um cara legal, um tanto sábio, que acolhia os rejeitados e as minorias e que falava de amor", com o tipo de papo que quer encaixar Jesus conforme o gosto do cliente. Jesus é Deus e, por isso, Ele dita os padrões e "dá as cartas no jogo" e, sendo assim, os que seguem a Ele e procuram falar sobre Ele jamais deverão negociar a mensagem a ser transmitida - a exposição do Evangelho não é um momento de "acordos diplomáticos", mas é o momento em que se dá um veredicto, o qual é: "quem crê Nele não é condenado, mas quem não crê já está condenado [João 3, vs. 18a]. Não tem médias; não tem barganhas; e isso será postado aqui, podendo ser relembrado sempre por aqui, quer os leitores dêem atenção, quer ignorem.
E você?
Você ainda está se perguntando se "foi isso mesmo que Deus disse"?
Ainda está achando que pode colocar Deus "no banco dos réus", como se Ele estivesse sujeito ao nosso julgamento em vez Dele ser o Juiz de toda a terra?
Ou, por outro lado, ainda está "fazendo o que é certo a seus próprios olhos" e vivendo como se Deus não existisse?
Você ainda está tendo a oportunidade de saber a respeito dessas coisas ou de relembrá-las e, por isso, o mais importante desse post é que Deus, de fato, diz o que Ele quer dizer e quer dizer o que Ele diz, de maneira que quando Ele anuncia "a todos os homens, em todo o lugar, que se arrependam", todos devemos reconhecer diante Dele que somos pecadores e que precisamos do Salvador, olhando assim para Aquele que se fez homem para substituir os injustos, morrendo numa cruz, a fim de reconciliar com Seu Pai todo aquele que Nele crê. Enfim, volte-se para o Filho de Deus, corra para a cruz a fim de contemplá-Lo e creia Nele, pois "aquele que nEle crê tem a vida eterna".
Pela certeza de estar firmado naquilo que Ele disse,
Soli Deo Gloria!
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