domingo, 30 de dezembro de 2012

O que temos é o que nos resta...


E o mundo não acabou.

Passou 21 de dezembro. 22 e 23 também passaram. O Natal também já passou! E estamos às vésperas de mais um fim de ano.

Embora alguns procurem reformular o real significado das profecias referentes ao calendário maia – tentando dizer que o 21/12/2012 constituiu um marco do fim de uma era e o início de outra era, do ponto de vista espiritual -, o fato é que o mundo não acabou. Além disso, nem é possível provar essa interpretação alternativa do calendário. Isso é uma questão de fé e, como já li em um livro antigo, fé é a “prova das coisas que não se vêem”.


Mas não é exatamente disso de que vai se tratar este post [o último do ano!] – sim, meu blog sobreviveu ao fim do mundo (legal, né Samyra Calipo?)!

Vamos em frente.

Primeiramente, toda a tensão que houve em virtude da possibilidade do “fim do mundo” me fez pensar numa coisa: nós, seres humanos, temos medo do fim. Não digo especificamente do “fim do mundo” ou coisa parecida: temos medo de finais, de encerramentos, de términos. O fim de algo/alguma coisa nos atormenta muitas vezes – o fim de um namoro, de um casamento, de uma viagem turística, de uma semana de carnaval etc. Não gostamos de finais. Queremos que as coisas durem para sempre ou pelo menos, como diz meu amigo Vinícius, que “seja infinito enquanto dure”. Mas, ironicamente, outro poeta que faz parte de minhas leituras e audições disse certa vez: “o ‘pra sempre’ sempre acaba”. Os fins são irreversíveis. Não há como escapar.


Por outro lado, muitas vezes queremos que certas coisas tenham fim: a final do Campeonato Mundial de Clubes quando o time pra quem se torce está ganhando, o semestre da faculdade, a dor de dente, o dia de trabalho etc. Nesses casos, o fim traz alívio, alegria e descanso - ah, como é bom ver uma dor de dente passar e, melhor ainda, ver seu time campeão mundial depois de um 1x0 heróico! [...] Os finais, muitas vezes, são bons e necessários. Os finais nos ensinam a ver quem somos. Estamos limitados ao tempo e ao espaço. Nem sempre tudo estará bem conosco. Mas, às vezes, viveremos bons momentos devido a determinados “finais” que a vida nos proporcionará. Ora os finais nos trazem angústia, ora refrigério. “Tudo foi feito formoso em seu tempo”, já dizia um sábio rei dos tempos bíblicos.

A nova experiência de aguardar o “fim do mundo” do ano de 2012 – a primeira que experimentei foi antes do ano 2000, com o famoso “Bug do Milênio” – me trouxe à memória uma canção de um compositor brasileiro que, vez por outra, consegue expressar coisas que me levam a pensar sobre os aspectos mais fundamentais da vida. Nessa canção, ele diz:

“Meu amor... o que você faria se só te restasse um dia?
Se o mundo fosse acabar... Me diz: o que você faria?”


“O que você faria se só te restasse um dia?” Essa é uma pergunta que pode amedrontar muitos de nós. No entanto, a situação é mais delicada do que pensamos. Não podemos garantir para nós mesmos que viveremos até o próximo minuto. Talvez eu morra agora mesmo, antes de terminar esse parágrafo. A vida é um sopro. A vida é como a grama do campo que nasce na madrugada e à tarde, se seca. A vida é frágil. Talvez não me reste nem mesmo 4 horas de vida – quanto mais um dia! E você está no mesmo barco que eu. Todos estão. Todos estão à mercê da morte. Eu. Você. Todos. O que faremos, já que nem sabemos quanto tempo de fato nos resta?

Diante desse dilema, gostaria de citar um trecho de um dos livros proféticos do Antigo Testamento, onde se lê:

“Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-O enquanto está perto. 
Deixe o ímpio o seu caminho e o homem maligno os seus pensamentos. Converta-se ao Senhor, que se compadecerá dele. Volte-se para o nosso Deus, porque é grandioso em perdoar” 
[Livro de Isaías, cap. 55, vs. 6-7]


Segundo a Bíblia, todos os homens são pecadores e estão afastados da glória de Deus. Todos carecem de Deus. Se todos são pecadores e Deus é santo e justo, todos estão em maus lençóis [pois um Deus santo e justo não pode tolerar o mal]. A ira de Deus está sobre todos os homens por causa de suas más ações, devido aos seus pensamentos malignos e seus caminhos perversos. Mas, em meio a essa situação, a Escritura dá a ordem: busquem ao Senhor o quanto antes! Invoquem-nO enquanto é possível! Volte-se para Ele, pois Ele tem compaixão e tem um perdão infinito. Se você leu esse blog e nunca tinha dado importância para isso, talvez Deus esteja te dizendo para você buscá-Lo, invocá-Lo e para você se converter a Ele.


O ano está acabando. Talvez nem eu nem você estejamos vivos antes do final de 2012. A pergunta do poeta da canção continua: o que você faria se só te restasse um dia? Talvez a melhor [ou a única] resposta para esta pergunta é a sugerida acima – não há o que fazer a não ser procurar sem reservas e com todo o coração Aquele que tem o mundo e todas as coisas sob o Seu poder e domínio e que pode consumir a tudo (se assim for a Sua vontade) mas, surpreendentemente, anuncia a todos que possam buscá-Lo a fim de perdoar a todos os que O encontrarem. Ele já se revelou – na criação e, especialmente, em Seu Filho Jesus Cristo, o qual deu Sua vida para salvar perfeitamente todo aquele que, por meio Dele mesmo, se aproxima de Deus.




E aí... Vai ficar aí pensando na letra da música apenas?



Pela certeza de que é possível encontrá-Lo verdadeiramente,



Soli Deo Gloria!

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