Demorei mas estou aqui.
Após dias bastante agitados (trabalho, mestrado, igreja, reforma em casa, rinite etc.) e a falta de inspiração para escrever aqui [risos], surgiu uma ideia e decidi escrever de novo.
Mais um mês do ano está chegando ao fim hoje e um novo mês começa a partir de amanhã. Setembro está às portas e, por isso, relembro os seguintes versos:
"Quando entrar setembro
E a boa-nova andar nos campos
Quero ver brotar o perdão onde a gente plantou
Juntos outra vez..."
[Sol de primavera - Ronaldo Bastos e Beto Guedes]
Essa música traduz bem o que tenho pensado nos últimos dias. Mas deixem-me dizer quais pensamentos são esses. Vamos em frente.
De um modo geral, todos nós temos um certo fascínio pela primavera. Ela é conhecida como a estação das flores, do romantismo e do clima agradável. Além disso, ela é descrita como símbolo de uma mudança de vida para um melhor estágio - a transição do inverno frio e sem cores para um tempo novo e feliz. Entretanto, não é esse o meu objetivo. Ora, este blog é um blog de subversão. Mesmices não combinam comigo.
Primeiramente, quando penso na questão de que existem momentos da vida melhores do que outros, sempre me recordo do que o rei Salomão disse em seus escritos, registrados no livro de Eclesiastes, onde se lê:
"Não digas: porque os dias anteriores eram melhores do que estes? Porque não é sábio questionar isto. [...] Considera a obra de Deus: porque quem pode endireitar o que Ele fez torto? No dia da prosperidade goza do bem mas, no dia da adversidade, reflete. Deus fez tanto este quanto aquele, para que o homem não saiba o que há de vir depois dele".
[Eclesiastes 7:10, 13-14]
Do nosso ponto de vista, existem dias melhores do que outros. É bem melhor passar alguns dias fazendo um tour pela Europa do que no hospital cuidando de algum parente. É bem melhor acordar tarde durante um mês de férias da faculdade do que passar alguns meses acordando cedo durante o período de preparação para o vestibular ou o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio). Mas a nossa perspectiva não é a que prevalece. Ela não pode permanecer.
Não há conselho contra o que Deus determinou. Nada subsiste, a não ser o seu desígnio (Provérbios 21:30).
Do ponto de vista das Escrituras, todos os dias foram feitos por Deus. Logo, todos os dias são perfeitos da forma como se nos apresentam, a despeito de como os enxergamos. Ele faz os dias bons e os dias maus. Ele nos dá tempos de prosperidade e alegria e também nos faz viver dias difíceis e de escassez. Deus é Deus. Ele faz dessa maneira para que ninguém presuma sobre o próprio futuro. Como se pode ler em outro lugar das Escrituras: a nossa vida é como um vapor que aparece por pouco tempo e depois se desvanece. Isso nos mostra que "...se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isso ou aquilo..." [Tiago 4:15]. Tudo depende de Deus. Se Ele quiser, viveremos; se vivermos, faremos isso ou aquilo. Simples assim.
Voltando para os versos do início, setembro está entrando e a boa-nova está andando pelos campos. Boa-nova é o mesmo que boa notícia. E, como diz a música, ela anda pelos campos a partir de setembro... Será que é só em setembro mesmo? Permitam-me discordar.
A canção base dessa postagem é linda [versão do Catedral: http://www.youtube.com/watch?v=Nh9GR5DyHu4] mas, na verdade, a boa-nova não passa a se espalhar de setembro em setembro. Na verdade, a boa-nova, a Boa Notícia, a melhor notícia que existe, sempre esteve aí. Ela existia antes que o mundo existisse, e se manifestou na plenitude dos tempos (1 Pedro 1:20 e Gálatas 4:4-5). Hoje, a Boa Notícia é semeada nos campos, NO CAMPUS, nas ruas e praças. Em terras áridas e em terras geladas. Em locais livres e locais fechados. Em todo "canto" e lugar, em cada canto, tom e gesto, a Boa Nova permanece viva, pois ela é a própria Vida [João 14:6 e Colossenses 3:4]. Nada mais nada menos. A Boa Notícia é o Deus Eterno encarnado. A Boa Notícia é Cristo. Sem acréscimos. Nada pode ser melhor do que Ele.
Finalmente, a música também diz:
"Mesmo assim não custa inventar uma nova canção
Que venha nos trazer o sol de primavera...
A lição sabemos de cor, só nos resta aprender..."
A Boa Notícia, que é Jesus Cristo, só faz sentido porque existe a má notícia. A má notícia é que todos nós merecemos a punição de Deus por causa dos nossos pecados contra Ele. Punição eterna, porque a justiça de Deus é eterna. Condenação eterna, porque um Deus totalmente santo não pode tolerar o pecado. Separação eterna de Deus, porque um Deus completamente puro não pode contemplar o mal (Habacuque 1:13 e Salmos 119:142).
Mas há um esperança. A Boa Nova chegou a nós. "Àquele que não conheceu pecado, Deus O fez pecado por nós, para que Nele fôssemos feitos justiça de Deus" [2 Coríntios 5:21]. Deus fez de Seu Filho, santo e justo, algo impuro e pecaminoso. Ele fez de Cristo pecado. Qual o fim disso? A nossa justificação Nele mesmo. Para que fôssemos Sua justiça. Graça incompreensível. Amor indecifrável. Salvação sublime.
Agora já sabemos a lição de amor que Ele nos deu... Só nos resta aprender. Só nos resta apreender. Só nos resta viver a boa-nova! Deixe-me vivê-la, viver a Boa-Nova!
Pela certeza da Boa Nova,
Soli Deo Gloria!
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