E
o mundo não acabou.
Passou
21 de dezembro. 22 e 23 também passaram. O Natal também já passou! E estamos às
vésperas de mais um fim de ano.
Embora
alguns procurem reformular o real significado das profecias referentes ao
calendário maia – tentando dizer que o 21/12/2012 constituiu um marco do fim de
uma era e o início de outra era, do ponto de vista espiritual -, o fato é que o
mundo não acabou. Além disso, nem é possível provar essa interpretação
alternativa do calendário. Isso é uma questão de fé e, como já li em um livro
antigo, fé é a “prova das coisas que não se vêem”.
Mas
não é exatamente disso de que vai se tratar este post [o último do ano!] – sim,
meu blog sobreviveu ao fim do mundo (legal, né Samyra Calipo?)!
Vamos
em frente.
Primeiramente,
toda a tensão que houve em virtude da possibilidade do “fim do mundo” me fez
pensar numa coisa: nós, seres humanos, temos medo do fim. Não digo
especificamente do “fim do mundo” ou coisa parecida: temos medo de finais, de
encerramentos, de términos. O fim de algo/alguma coisa nos atormenta muitas
vezes – o fim de um namoro, de um casamento, de uma viagem turística, de uma
semana de carnaval etc. Não gostamos de finais. Queremos que as coisas durem
para sempre ou pelo menos, como diz meu amigo Vinícius, que “seja infinito
enquanto dure”. Mas, ironicamente, outro poeta que faz parte de minhas leituras
e audições disse certa vez: “o ‘pra sempre’ sempre acaba”. Os fins são
irreversíveis. Não há como escapar.
Por
outro lado, muitas vezes queremos que certas coisas tenham fim: a final do Campeonato
Mundial de Clubes quando o time pra quem se torce está ganhando, o semestre da
faculdade, a dor de dente, o dia de trabalho etc. Nesses casos, o fim traz alívio,
alegria e descanso - ah, como é bom ver uma dor de dente passar e, melhor
ainda, ver seu time campeão mundial depois de um 1x0 heróico! [...] Os finais,
muitas vezes, são bons e necessários. Os finais nos ensinam a ver quem somos.
Estamos limitados ao tempo e ao espaço. Nem sempre tudo estará bem conosco.
Mas, às vezes, viveremos bons momentos devido a determinados “finais” que a
vida nos proporcionará. Ora os finais nos trazem angústia, ora refrigério.
“Tudo foi feito formoso em seu tempo”, já dizia um sábio rei dos tempos
bíblicos.
A
nova experiência de aguardar o “fim do mundo” do ano de 2012 – a primeira que
experimentei foi antes do ano 2000, com o famoso “Bug do Milênio” – me trouxe à
memória uma canção de um compositor brasileiro que, vez por outra, consegue
expressar coisas que me levam a pensar sobre os aspectos mais fundamentais da
vida. Nessa canção, ele diz:
“Meu
amor... o que você faria se só te restasse um dia?
Se
o mundo fosse acabar... Me diz: o que você faria?”
“O
que você faria se só te restasse um dia?” Essa é uma pergunta que pode
amedrontar muitos de nós. No entanto, a situação é mais delicada do que
pensamos. Não podemos garantir para nós mesmos que viveremos até o próximo
minuto. Talvez eu morra agora mesmo, antes de terminar esse parágrafo. A vida é
um sopro. A vida é como a grama do campo que nasce na madrugada e à tarde, se
seca. A vida é frágil. Talvez não me reste nem mesmo 4 horas de vida – quanto
mais um dia! E você está no mesmo barco que eu. Todos estão. Todos estão à
mercê da morte. Eu. Você. Todos. O que faremos, já que nem sabemos quanto tempo
de fato nos resta?
Diante
desse dilema, gostaria de citar um trecho de um dos livros proféticos do Antigo
Testamento, onde se lê:
“Buscai
ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-O enquanto está perto.
Deixe o ímpio
o seu caminho e o homem maligno os seus pensamentos. Converta-se ao Senhor, que
se compadecerá dele. Volte-se para o nosso Deus, porque é grandioso em perdoar”
[Livro de Isaías, cap. 55, vs. 6-7]
Segundo
a Bíblia, todos os homens são pecadores e estão afastados da glória de Deus.
Todos carecem de Deus. Se todos são pecadores e Deus é santo e justo, todos
estão em maus lençóis [pois um Deus santo e justo não pode tolerar o mal]. A
ira de Deus está sobre todos os homens por causa de suas más ações, devido aos
seus pensamentos malignos e seus caminhos perversos. Mas, em meio a essa
situação, a Escritura dá a ordem: busquem ao Senhor o quanto antes! Invoquem-nO
enquanto é possível! Volte-se para Ele, pois Ele tem compaixão e tem um perdão
infinito. Se você leu esse blog e nunca tinha dado importância para isso,
talvez Deus esteja te dizendo para você buscá-Lo, invocá-Lo e para você se
converter a Ele.
O
ano está acabando. Talvez nem eu nem você estejamos vivos antes do final de
2012. A pergunta do poeta da canção continua: o que você faria se só te
restasse um dia? Talvez a melhor [ou a única] resposta para esta pergunta é a
sugerida acima – não há o que fazer a não ser procurar sem reservas e com todo
o coração Aquele que tem o mundo e todas as coisas sob o Seu poder e domínio e
que pode consumir a tudo (se assim for a Sua vontade) mas, surpreendentemente,
anuncia a todos que possam buscá-Lo a fim de perdoar a todos os que O
encontrarem. Ele já se revelou – na criação e, especialmente, em Seu Filho
Jesus Cristo, o qual deu Sua vida para salvar perfeitamente todo aquele que,
por meio Dele mesmo, se aproxima de Deus.
E
aí... Vai ficar aí pensando na letra da música apenas?
Pela
certeza de que é possível encontrá-Lo verdadeiramente,
Soli Deo Gloria!