Caros leitores...
Após um determinado tempo sem atualizar o blog, decidi escrever (eu mesmo) o texto postado aqui...
Aproveitando a ocasião da semana em que se comemorou o Dia da Criança (último dia 12) assim como o Dia do Professor (dia 15), gostaria de escrever sobre como as crianças podem, em certa medida, ser um exemplo para nós... Mais precisamente, como que elas podem se tornar nossos “professores” no que se refere a uma vida mais simples e nobre...
Primeiramente, as crianças são sinceras. Embora exista um princípio segundo o qual “...a imaginação do coração do homem é má desde a sua meninice...” (conforme o livro do Gênesis), eu acredito na sinceridade das crianças... As crianças não fingem como nós fingimos. Quando elas não gostam, elas demonstram. Quando elas querem algo, elas pedem, imploram, esperneiam, choram até nos irritar... Além disso, elas confiam sem questionar, se contentam com pouco, são dependentes e, normalmente, não se importam muito com o que as pessoas (adultas) ao seu redor falam delas quando elas fazem as chamadas “coisas de criança” (dar várias gargalhadas quando brincam junto com outras crianças, se impressionar com coisas triviais, se sujar quando tomam sorvete ou comem chocolate etc.). Sim, eu tenho saudade dessas “coisas de criança”, de brincar pela rua ou ali na praça num dia de chuva, de uma vida simples e despreocupada... Mas um dia todos crescem; eu também cresci.
Sob um ponto de vista mais teológico/ideológico, lembro-me que em algum lugar do livro dos Salmos está escrito que “da boca de pequeninos, Deus suscita força” e o próprio Jesus Cristo (ao fazer nova menção a esse trecho dos Salmos) disse no Evangelho segundo Mateus que “da boca de crianças de colo Deus tira o louvor perfeito”... Considerando-se isso, podemos concluir que o próprio Deus faz nascer força daqueles que, de certo modo, são os mais frágeis e vulneráveis... Mais que isso, Deus extrai destes o louvor perfeito. O que isso significa? Tenho uma sugestão um tanto drástica, porém cada vez mais urgente: acho que está na hora de tirarmos nossas máscaras de superioridade, de deixarmos de nos iludir com nossa pretensa invulnerabilidade, de sermos autênticos mesmo... Um amigo meu (músico e poeta) disse certa vez: “autenticidade é coisa de Deus”... Mais nobre ainda é a afirmativa categórica de Jesus: “quem não receber o reino de Deus como uma criança de modo algum entrará nele”...
Exatamente... O reino de Deus é delas. Isso quer dizer que somente as crianças vão pro céu? Agora que eu cresci, eu estou fadado a passar a eternidade (se, de fato, isso existe) em algum outro lugar? Não. Não é nada disso.
O reino de Deus – ou reino dos céus – é delas (talvez também no sentido literal) no sentido de que os seus herdeiros são identificados pela autenticidade, humildade, desprezo pela autopromoção, desapego à reputação, dependência e pela ausência de malícia... Deus deseja e fará com que todos aqueles que caminham com Ele cresçam na graça e no conhecimento de Cristo, para que cheguem à unidade da fé e ao pleno conhecimento Dele, se tornando adultos no entendimento e aptos para darem razão de sua esperança. Mas Ele não irá tolerar a vaidade, autosuficiência, artificialidade, apego à reputação e maldade daqueles que se julgarem dignos de Seu reino e que, por não apresentarem qualquer evidência de um caráter semelhante ao Seu próprio, estarão de fora... Outro poeta músico (dessa vez, não é um amigo meu) pergunta em uma de suas composições: “...É o bem contra o mal... e você, de que lado está?”... Eu parafrasearia da seguinte forma: você está do lado de fora ou do lado de dentro do reino de Deus?
A resposta depende somente de uma coisa: você se arrependeu dos seus pecados e creu no evangelho (isto é, Cristo crucificado pelos seus pecados e ao terceiro dia ressuscitado dos mortos pelo poder de Deus)? Caso afirmativo, continue confiando na graça de Deus e caminhando com Ele... Se não, Deus ordena que você se arrependa de seus pecados e creia no evangelho – ou seja, no Seu Filho morto para te salvar, para perdoar os seus pecados e para te reconciliar com Ele mesmo.
Deus, um dia, julgará o mundo com justiça através de Jesus Cristo. Qual é o seu posicionamento diante dessa iminente realidade? Você será como uma criança que não reluta contra o lado mais forte ou será semelhante a um adulto obstinado que acha que pode resistir a alguém infinitamente mais poderoso?
O que você vai fazer diante da prova de amor que Deus te deu? Ou será que você quer correr o risco de não poder fazer mais nada quando o dia do julgamento chegar?
Soli Deo Gloria!
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