Eis-me aqui de volta.
Inicialmente, gostaria de frisar que o tempo livre está um tanto escasso, de maneira que não tem sido possível dar a devida atenção ao blog [o que tem implicado menor número de publicações], bem como alguns dos velhos problemas técnicos com o computador - mesmo assim, aproveitei esse momento para expressar muito do que tem ocupado minhas reflexões nos últimos dias.
Logo, é hora de ir em frente.
Sem delongas, o título desse texto faz alusão a uma música composta por um artista brasileiro chamado Marcos Almeida, denominada "Toda dor é por enquanto", cujos versos inciais dizem:
"Toda dor é por enquanto
E a tua alegria, daqui até o fim
E eternamente..."
De modo bem evidente, a idéia principal desse trecho da canção é falar da esperança do autor em face das aflições da vida ou, nas palavras que tenho adotado, expressar um "realismo esperançoso". "Realismo" porque não há atitude de indiferença ou de rejeição imatura diante da existência da dor [como realidade ontológica] e das diversas "dores" manifestas nas circunstâncias adversas, perdas, decepções, desilusões e fracassos - a dor é inevitável, as "dores" são muitas, mas elas não duram para sempre. Por outro lado, a canção diz que a alegria daquele que, "por enquanto", tem de lidar com a dor, é "daqui até o fim e eternamente" - isto é, a "esperança" aqui proclamada é a certeza de que haverá alívio, consolo, júbilo, recompensa e satisfação plena e permanente que suplantará todo o sofrimento precedente, por pior e mais cruel que tenha sido. Nesse sentido, se fazem oportunas as palavras que afirmam que "as aflições deste tempo presente não podem ser comparadas com a glória que será revelada".
Mas não é exatamente da música que pretendo falar aqui.
O título dessa postagem indica claramente o paralelo que pretendo traçar - como está em voga nos nossos dias, seja na internet ou nos jornais e na TV [a despeito de toda desinformação que impera, sobre a qual irei fazer breves comentários nesse post], o "terror" tem assolado o mundo, não somente a Europa [particularmente na França e na Alemanha], mas vários países da África, o próprio Oriente Médio, os EUA e [por que não dizer?] o Brasil (cerca de 70 mil assassinatos por ano não seria aterrorizante?). No entanto, levando em conta a intenção do texto, ousarei defender a tese de que "todo terror é por enquanto" - não apenas como uma esperança realista, mas principalmente como uma convicção transcendente, divina.
Terror.
A palavra "terror" normalmente está associada a medo, insegurança, exposição à violência cruel e vulnerabilidade diante de algo que ameaça a integridade física e mesmo a própria vida. Desse conceito, pode-se compreender o que se chama usualmente de "terrorismo" - o tipo de terror ao qual me refiro aqui -, que pode ser definido como "a prática de promover medo e insegurança generalizadas mediante crimes premeditados, os quais normalmente resultam em assassinatos com sérios requintes de crueldade ou mortes em massa". De modo particular, o terrorismo que tem tomado as pautas midiáticas e as redes sociais é aquele relacionado ao Islam - embora a nossa mídia ocidental multiculturalista insista em desvincular a religião islâmica de tudo isso por meio de termos como "lobos solitários", "o Islam é uma religião de paz", "nem todo muçulmano apóia os crimes da Jihad, mesmo que sejam feitos em nome de Alá", "temos que acolher os refugiados e respeitar o direito deles de viverem segundo a Sharia em nossos países", indo ao ponto de acusar o que chamam de "extrema-direita" dos atentados do 11 de setembro em New York. Todo esse discurso não passa de mentira e canalhice - um conhecimento honesto do que é o Islam [mesmo que não muito aprofundado] combinado com a compreensão clara do pensamento globalista, revolucionário e anti-ocidental [em suma, odioso a todos os traços judaico-cristãos de nossa civilização] que está sendo posto em prática desde a segunda metade do século XIX mostrará que não há possibilidade de coexistência pacífica com o Islam. Não adianta dizer "nous avons des fleurs", muito menos tocar musiquinhas de John Lennon.
Enfim - atentados recorrentes na Europa e EUA com bombas, caminhões e facas, pessoas sendo crucificadas e queimadas na África e no Oriente Médio semanalmente (sem contar os crimes que não aparecem na mídia) não são razões suficientes para acordarmos pra vida, largarmos o "politicamente correto" na lata de lixo e entender que estamos em guerra contra um inimigo impiedoso, que se disfarça de religião mas é um ente político totalitário? Quantas crianças terão que ser atropeladas, quantos hospitais ainda terão de vivenciar tiroteios, quantos padres [ou pastores] serão degolados até que criemos vergonha na cara? O "terror" [melhor dizendo, quem o promove assim como quem é complacente com ele] é "sem coração" e ele não quer saber de seu "mais amor, por favor". Aceite isso.
Diante disso, que senso existe em afirmar que esse "terror" é "por enquanto"?
Em primeiro lugar, embora os "paladinos do terror" acreditem piamente estar "a serviço de Alá" [no caso, "Deus"] e, dessa maneira, se mostram convictos de que sua "guerra santa" contra todos os "infiéis" [especialmente os cristãos de toda parte e os ocidentais] será bem-sucedida, o "deus" a quem eles se devotam não é o Deus verdadeiro - ou seja, não é deus algum, pois "para nós há um só Deus, o Pai" [ora, Alá não tem um Filho Unigênito nem filhos adotados, logo não é Pai] - implicando que o seu projeto "teocrático" (por assim dizer) que visa a obtenção de poder total será frustrado, mais cedo ou mais tarde, pois chegará o dia em que "os reinos do mundo se tornarão de nosso Senhor e de seu Cristo, e Ele reinará para todo o sempre" [Apocalipse 11:15].
Nesse caso, não é que, no fim das contas, Deus está agora dividindo o governo do mundo e de todas as coisas com outro "ente superior", mas que a idéia aparente de que Ele não é "Rei de reis e Senhor de senhores" em virtude da prevalência do pecado e do mal será destruída de uma vez por todas, pois, naquele Dia, Ele "assumirá o poder e começará a reinar" [vs. 17], bem como "chegará a Sua ira, e o tempo de julgar os mortos, e de recompensar os Seus servos, os profetas, os Seus santos e os que temem o Seu nome, pequenos e grandes, e de destruir os que destroem a terra" [vs. 18]. Resumidamente, os que hoje destroem a terra e matam pessoas em nome de um deus falso serão destruídos para sempre pelo Deus verdadeiro.
Em segundo lugar, o Deus verdadeiro já tem o Seu próprio exército [ou o Seu povo, comprado por altíssimo preço, preço de sangue, sangue derramado voluntariamente para perdão de pecados e não coercitivamente, para satisfação de prazeres sádicos], do qual se diz que "as portas do inferno não prevalecerão contra ele" e, por isso, nenhum projeto total de poder, nenhuma "guerra santa" fomentada por rios de dinheiro e camuflada por uma cultura subserviente ao fingimento e à dissimulação ou mesmo a matança global de todo e qualquer opositor poderá vencer esse "povo eleito" - ora, Aquele que chama esse povo de "minha igreja" garantiu que será o seu Edificador, que agregará todas as "ovelhas que não são deste aprisco" (João 10:16) [aprisco este que se refere aos Seus discípulos da época] e que "reunirá todos os filhos de Deus que andam dispersos, para formar um povo" (João 11:52).
Por outro lado, Ele emitirá a sentença final sobre todos os que não O temem e se voltam contra o Seu povo, pela qual Ele "fará chover brasas ardentes e enxofre incandescente" [Salmo 11:6], "...afiará a Sua espada e aparelhará o Seu arco, preparando Suas armas mortais e fazendo de Suas setas flechas flamejantes" [Salmo 7:12-13] e, finalmente, fará com que "os ímpios sejam lançados no inferno e todas as nações que se esquecem Dele" [Salmo 9:17] de modo que é o Seu Filho, Jesus Cristo, que pisará "o lagar do vinho do furor e da ira do Deus todo-poderoso" [Apocalipse 19:15]. Existem muitas outras passagens que mostram o justo juízo de Deus contra toda impiedade e injustiça dos homens [incluindo esses "arautos do terror"], mas creio que essas já apresentam um pouco do que os espera, ainda que nenhum deles se preocupe com isso.
Finalmente, vale destacar outros trechos da música que inspirou esse texto, dentre os quais cito:
A alegria verá meu rosto sem lágrimas
Verá raiar o dia em que Jesus Cristo irá voltar
Nas alturas, com Seus anjos
E as trombetas anunciando...
Nessa estrofe, o autor mostra sua segurança no fato de que o seu rosto, outrora repleto de lágrimas, será tomado pela alegria que é "daqui até o fim, e eternamente", cuja razão é uma apenas - a volta de Jesus Cristo ou, na expressão original, a sua "parousia" ou "manifestação", evento cheio de glória e esplendor, que virá repentinamente, quando a maioria estará desapercebida e imersa no modus vivendi do "comamos e bebamos, que amanhã morreremos", de forma que, para estes, será um "dia de trevas e não de luz" ou, em outros termos, será um dia em que Deus lhes infundirá "terror" [um terror que os atormentará de tal sorte que os fará esquecer de todo prazer que sentiram quando causaram seu próprio "terror" contra os outros] e, assim, eles saberão que não passam de mortais, agora para sempre "banidos da face do Senhor e da majestade do Seu poder" para "sofrerem eterna destruição por não haverem obedecido ao Evangelho de Cristo" [2 Tessalonicenses 1:8-9]. Não queira estar na pele deles nesse momento.
Porém, para os que cantam a mesma canção mencionada e crêem no que ela diz, o Dia será de luz, a partir do qual Deus "enxugará dos olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem choro, nem dor, porque as primeiras coisas são passadas" [Apocalipse 21:4]. Não dá para descrever a excelência desse estado eterno - visto que "olho nenhum viu, nem ouvido nenhum ouviu, nem jamais penetrou em coração humano" -; portanto, enquanto estamos aqui, devemos entrar no ritmo da música e pedir para que Deus venha "completando a obra que começa agora, misturada na dor que é por enquanto e no amor que é para sempre", obra essa que é "tão grande", pela qual Ele resgata pecadores mortos em sua rebelião e maldade para torná-los novamente imagem e semelhança Dele, pela união eterna com Seu Filho, que é a Sua Perfeita Imagem.
E você? Porventura está militando por uma causa em nome de algum "falso deus" e se esquecendo de honrar o verdadeiro Deus?
Além disso, você pode afirmar com certeza que tem vivenciado essa "obra divina", pela qual Ele te salva para ser semelhante a Ele?
Se ainda não tem, o que está esperando para correr para Cristo, olhar firmemente para Ele e ser salvo?
Pela convicção de que "todo terror é por enquanto",
Soli Deo Gloria!
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