terça-feira, 31 de março de 2015

Antes do (e pelo) 1º de abril...

Mais uma vez, eis-me aqui.

Depois de uma postagem que talvez tenha gerado certa polêmica ou incomodado alguns - ora, como supostamente disse Martin Luther King Jr., "para se criar inimigos, não é necessário declarar guerra, basta dizer o que se pensa" - , eu continuarei fazendo isso. 

De verdade, sempre que espero não ter motivos para espalhar acidez por aí, novos motivos me aparecem e, por isso, escreverei da maneira que mais me identifica - indignado. 


Esse texto é uma analogia com o 1º de abril (amanhã, no caso), o qual é considerado o "Dia da Mentira" - no qual normalmente é comum "pregar uma peça" no colega de trabalho ou fazer aquela brincadeira de mau gosto com o colega da escola ou faculdade [ou mesmo um familiar] - e algumas coisas nas quais tenho pensado esses dias. Tentarei ser breve, porém não tenha expectativas de uma leitura doce e romântica [esse blog não é de um adolescente que gosta da saga "Crepúsculo" ou que lê John Green], muito menos fantasiosa e demagogicamente ingênua [esse papel já é muito bem executado pela "mídia vermelha" do nosso país, incluindo os analfabetos funcionais das nossas universidades e bibliotecas que aparentam ser intelectuais honestos]. 

Mentira.


Como citei anteriormente, amanhã é o "Dia da Mentira" e, curiosamente, muitos de nós lidam com as "peças pregadas" e "atitudes de mau gosto" como se fossem de fato, no fim das contas, apenas "brincadeiras" - podem ter até essa intenção mas, em suma, continuam sendo mentiras. Nesse sentido, vale ressaltar que ninguém gosta de mentiras - a não ser quando o "beneficiário" (se é que a mentira faz algum bem) é qualquer um de nós. Basta sermos enganados por algum funcionário de algum serviço que procuramos, ou quando um colega da faculdade promete fazer a parte dele do trabalho em grupo e descumpre a promessa e, particularmente, quando somos traídos no contexto de um relacionamento ou mesmo quando confiamos em alguém [político, amigo, líder religioso etc.] e nos decepcionamos diante da desonestidade. Resumidamente, os "efeitos da mentira a curto prazo" podem ser "bons" para uns e "ruins" para outros, no entanto a ação/conduta/postura em si ainda se constitui mentira e, por isso mesmo, deve ser considerada como tal. 

Mas o que é a mentira? Onde tudo isso começou?

A mentira, de modo bem simplista, é a negação da verdade, é o que caracteriza o ato de mentir, é ser desonesto, leviano, enganador, sedutor e fingido, ou ainda hipócrita. Sempre que penso em "mentira", lembro de uma declaração perturbadora proferida por Jesus Cristo (conforme escreveu o apóstolo João em seu evangelho), que diz:

Vocês têm por pai ao diabo, e querem satisfazer os desejos dele. Ele foi homicida desde o princípio e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele; quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, pois é mentiroso e pai da mentira. 
[João 8, vs. 44]


A interpretação desse trecho do texto sagrado é clara: Jesus disse que aqueles que ouviam a sua mensagem e deliberadamente zombavam Dele e não criam Nele (embora fossem religiosos e, de certo modo, parte do "povo escolhido por Deus") eram do diabo e queriam agradar ao diabo, de quem Jesus afirmou que foi sempre homicida, em quem não há vestígio de verdade sendo, portanto, mentiroso e pai da mentira. Logo, a aplicação do ensino de Jesus é: quem permanece na mentira e trata a mentira como algo bom, agradável e vantajoso, está satisfazendo os desejos do diabo e, portanto, é um filho dele. Obviamente, nenhum de nós passa ileso do crivo de "nunca ter mentido na vida" [inclusive eu], todavia quem ama a mentira e vive na prática dela sem qualquer temor de estar cultivando algo essencialmente diabólico fatalmente está sob o domínio do Maligno e, dessa forma, deve começar a se preocupar, caso esteja lendo esse texto.

Mas... se preocupar? Sério? Por quê? 

A razão é simples: no mesmo capítulo mencionado do evangelho de João, Jesus disse que esses "filhos do diabo" não criam Nele porque Ele lhes dizia a verdade, de modo que estavam desonrando a Deus [que eles julgavam ser o verdadeiro e único pai deles]. Em outras palavras, se você ouve a mensagem de Cristo [a respeito de Sua vinda ao mundo, Sua vida na terra, Sua morte em favor de homens pecadores e Sua ressureição dos mortos para justificação de quem crê Nele] e responde com escárnio, rebeldia, indiferença ou ódio, não importa quaisquer de suas concepções religiosas ou espirituais - coisas como "Deus é um deus de todos", "nem todos os caminhos são errados" ou "eu não preciso de Jesus para fazer o bem e merecer o céu" são absolutamente desprezíveis, são totalmente mentirosas. Na verdade, você desonra ao Criador ao pensar que é sua maneira de "fazer média" com Deus que vai dar a Ele a "obrigação" de te livrar de todo o qualquer mal, seja ele nesta vida e, especialmente, o sofrimento eterno [o velho e esquecido inferno]. Deus não é convencido por nossas intenções - quem é de Deus ouve as Suas palavras, isto é, ouve o Evangelho, se arrepende dos próprios pecados e crê no Filho de Deus para ser salvo. Se você não dá atenção à voz divina, você não pertence a Ele. 


Contudo, tem outras mentiras que me chegaram aos ouvidos essa semana e, pelo fato de serem mentiras que afrontam o mesmo Deus e Pai de Jesus Cristo, o Senhor, me causam raiva, fúria e ira profundas (até porque foram proclamadas por gente que diz servir a esse mesmo Deus) - que esse sentimento não seja de mim mesmo, mas sim movido por Deus, para que seja digno

Sem delongas, o que ouvi foi o seguinte: ora, se Deus não é uma prioridade na vida de alguém (seja ela religiosa ou não), é porque esse alguém não ama a Deus acima de todas as coisas. [Até aí, tudo certo!] Mas infelizmente não acabou como deveria: então, se amar a Deus de todo o coração, alma, entendimento e forças é um mandamento, eu tenho que (e posso) DECIDIR amar a Deus a partir de agora, podendo fazer isso por meio de uma simples "oração de comprometimento". Logo, você decide.

Você decide? Será? 

Não, aqui não é a Rede Globo dos anos 90. 
Você não decide.
Você não tem que decidir nada, e nem pode. 
O seu comprometimento não vale nada.


Olhando para essa situação, concluo que as mentiras mais perigosas são aquelas que "parecem" ser verdade ou, nos termos bíblicos, que têm "aparência de sabedoria, humildade e disciplina" bem como "aparência de piedade" mas, de fato, não têm valor algum para refrear os impulsos da carne bem como negam a eficácia da verdadeira piedade ou devoção a Deus. Mas você pode me perguntar: como você pode provar que está certo? Se eu não "decido" amar a Deus (e nem posso fazê-lo), como é que funciona?

Vamos lá.

Nas Escrituras, quando Deus nos deu mandamentos, Ele está nos dizendo o que devemos fazer e NÃO o que PODEMOS fazer por nós mesmos, como se fôssemos independentes de Deus para obedecer a Ele. Jesus disse que "ninguém pode dar fruto se não permanecer Nele" e que "sem Ele, nada podemos fazer". NADA É NADA! Até quando confiaremos em nosso "comprometimento espiritual" em face dessa declaração destruidora de egos dita pelo Mestre? Não podemos fazer nada sem Ele - nem respirar, nem dar um passo na rua, nem comer um bom almoço, muito menos amá-Lo e dedicar nossa vida a Ele. Além disso, o amor que entregamos a Deus é resultado ou produto do amor Dele por nós, pois está escrito que "nós O amamos PORQUE ELE NOS AMOU primeiro" - é impossível ser mais explícito, mais contundente, mais indubitável. Eu não posso amar a Deus se Ele não me der do Seu próprio amor, pois nenhum tipo de amor que eu possa produzir por mim mesmo é digno de ser dado a Ele, a não ser o amor que Ele mesmo me deu para que eu o devolva. Finalmente, o tipo de amor que Deus ordena com o qual devemos amá-Lo é fruto do Espírito Santo - ou seja, não é algo que eu fabrico e decido praticar numa oração no fim da noite ou mesmo com disciplina religiosa esforçada, mas sim algo que Deus gera em todo aquele que tem o Seu Espírito pelo mesmo Espírito e, como resultado, virá a obediência e a busca por viver para agradá-Lo em todas as coisas e em toda a vida. Deus não faz as coisas pela metade; toda obra que Ele diz que faria, Ele fará sem lacunas, fará por completo, com um detalhe: tudo por graça, em graça e de graça, para louvor e glória de Sua própria graça.


Trocando em miúdos, se eu não pedi nem para nascer fisicamente - como que eu posso decidir fazer coisas que só são possíveis a quem nasceu de novo espiritualmente? Ah, e se o próprio "nascer de novo espiritualmente" é algo que vem unicamente de Deus [não de descendência, nem da vontade humana, nem da vontade da carne], como que as evidências desse ato sobrenatural divino agora dependem só de meu "compromisso pessoal"? PAREM COM ISSO! PAREM DE OFUSCAR A EXCELÊNCIA DO PODER DE DEUS MANIFESTADO NO SEU EVANGELHO! Eu jamais me renderei a qualquer coisa com "cara e focinho de bondade e religiosidade" que negue a glória de Deus na mais infinitesimal parte. TODA A GLÓRIA PERTENCE APENAS A DEUS, EM TODAS AS COISAS - dele, por Ele e para Ele são todas as coisas. Resumindo, na contramão de tantas mentiras transfiguradas de verdade - ora, o próprio satanás se disfarça de anjo de luz - , eu reafirmarei as "velhas verdades" ou o "velho evangelho" dos primeiros séculos, de boa parte da Idade Média, da Reforma e de todos os que continuaram a conservar a verdade - a verdade de que "tudo vem de Ti, e das Tuas próprias mãos te damos" ou "...o que tu tens que tu não tenhas recebido?". Tudo na vida com Deus é graça, e quem nega isso (seja na teoria, seja na prática, ou dos dois modos), não está ouvindo a voz de Deus e, por isso, talvez continue tendo outro pai, que não é Deus. 

E você? Se encaixa em algumas dessas mentiras - aquelas mais comuns e usuais ou as que parecem verdades mas são perniciosas? 
E como você lida com a mentira? Você tem levado na brincadeira ou já entendeu que "mentira é do diabo" e que quem a pratica sem se preocupar com isso está do mesmo lado "dele"?

Cristo é a Verdade e Ele mesmo disse: se o Filho os libertar, verdadeiramente vocês serão livres, e conhecerão a verdade, e a verdade os libertará. Venha a Ele e seja livre.





Pela alegria de ter sido livre da mentira pela Verdade,




Soli Deo Gloria!

quinta-feira, 19 de março de 2015

Sobre outras águas de março...

Depois de quase três semanas fora do blog - devido a diversas responsabilidades pessoais e, em certa medida, falta de inspiração mesmo -, estou de volta.

E, quando eu esperava não ter razões para escrever outro texto inflamado em indignação, tudo conspira contra - parece-me que, de fato, eu nasci para dizer (ou escrever) certas coisas que só poderiam ser expressas pela ira e em fúria, com toda acidez pertinente

Se em algum momento eu viesse a perder leitores (ou mesmo amigos), talvez seja depois desse post - em outras palavras, se você permanecer gostando desse blog e de seu autor depois desse texto, você é uma pessoa curiosamente peculiar. Enfim, é hora de ser homem (já comecei oprimindo!) e dar a cara pra bater. 


Esse texto faz alusão ao título de uma das canções mais famosas da MPB (Águas de março, do maestro Tom Jobim), mas o post não terá nenhuma relação com a letra da música, mas sim com o nosso Março de 2015 - mês que tem sido peculiar na história do Brasil, devido a diversas mobilizações da sociedade com variados fins. De um lado, os defensores do governo, do Partido dos Trabalhadores (PT), do ideal socialista (ou de esquerda) e das diversas pautas a eles associadas, como alguns movimentos ditos "sociais" - Movimento dos Sem-Terra/MST, Central Única dos Trabalhadores/CUT etc. Do outro lado, os que protestam contra o governo, a corrupção, o caos social que nos cerca e, também, contra o socialismo e seus desdobramentos políticos e culturais (a exemplo do totalitarismo estatal ou da "engenharia social e ideológica"). Muita coisa precisa ser dita a esse respeito com determinados fins e, como esse blog é meu, eu não sou obrigado a amaciar seu ego com palavras agradáveis. Logo, vá ler a Carta Capital, visitar o site do "Pragmatismo Político", o blog do Leonardo Sakamoto ou mesmo assistir "Babilônia" - mas, se você quiser, pode ler até o final. Não irei te oprimir a esse ponto. 

13 de março de 2015.


Na última sexta-feira, ocorreram manifestações em várias cidades do Brasil, as quais eram (segundo seus organizadores) em defesa do governo da Dilma, da Petrobras e dos trabalhadores, incluindo outras bandeiras, como a reforma agrária e a reforma política. Nesse sentido, algumas coisas me chamaram a atenção - os que julgam ser os únicos e verdadeiros "defensores do Brasil" e "amantes da pátria" não levaram uma bandeira do Brasil para as ruas [como se vê nessa foto, apenas o "vermelho" (cor símbolo do comunismo) - ideologia político-econômica que matou centenas de milhões de pessoas em menos de um século, promovendo o maior genocídio da história humana - impera em lugar do nosso "verde e amarelo"] e, além disso, vários vídeos e/ou fotos na internet mostravam suborno para atrair "manifestantes" [R$ 35,00 e um belo sanduíche de mortadela] bem como as regalias dos supostos "trabalhadores sofridos e oprimidos pelo capitalismo da elite branca", a exemplo de vários ônibus reservados para transportar membros da CUT e de jantares em restaurantes de luxo para pessoas do MST... Será que foi o "raio gourmetizador" ou é canalhice mesmo? Provavelmente seja o "raio gourmetizador da canalhice", pois enquanto a propaganda é de "defesa dos mais pobres e desfavorecidos" e de "ódio ao capitalismo opressor", a prática é de mamata nos cofres públicos para desfrutar tudo que apenas o "maldito capitalismo" pode dar. Eu poderia escrever mais sobre isso, mas acho que esse idiotismo útil não é digno de tamanha atenção.

Eu sei que talvez você já está me chamando de "coxinha reacionário branco elitista cis-hétero patriarcal machista fascista que odeia pobres" - mas eu não me importo mesmo com esse seu ódio desprezível. Eu já tinha dito antes que seria melhor você ler o blog da "Socialista Morena" da Carta Capital ou ver um programa de "alta cultura" como o BBB... Você não me obedeceu, agora aguente. 


15 de março de 2015. 

Por outro lado, no último domingo, outros brasileiros foram às ruas para expressar sua indignação contra diversos aspectos ruins de nosso país - na maior parte dos casos, propostas válidas, apesar de certos excessos. Digo isso com certa propriedade, pois eu fui às ruas e sei muito bem pelo que fui protestar e, nesse ínterim, encontrei alguns que compartilhavam do mesmo grito e das mesmas bandeiras que eu levei comigo. Nesse caso, embora a grande mídia nacional tenha noticiado que o movimento que uniu (juntando todo o país) cerca de 2 milhões (ou mais) de pessoas pelas ruas tenha sido apenas contra o governo e a corrupção, ela ocultou tudo a respeito de gritos de guerra como "a nossa bandeira jamais será vermelha" [o que nitidamente mostrava a luta radical contra um possível - e provavelmente em curso - regime comunista no Brasil] e faixas como "Foro de São Paulo, criação de ditaduras" e "Contra a doutrinação ideológica nas escolas" [indicando conhecimento de causa sobre os trâmites reais da conjuntura política latinoamericana e da decadência educacional do país] estavam lá, presentes, visíveis. 

Além disso, o que se viu depois foram atitudes descaradas e cínicas do governo e de seus aliados para tentar "sair pela tangente" depois de tamanha lição popular [não me venha com esse papo de que era só "elite branca", "panelaço em bairros ricos" ou "fascistas que queriam uma nova ditadura" - até porque você adoraria ser elite [caso não seja] bem como morar em bairro chique e aparecer na TV fazendo baderna e, provavelmente, não sabe o que é Fascismo (especialmente se aprendeu com os livros do MEC, os quais são meros produtos de revisionismo histórico para imbecilização coletiva). Resumindo, eu tenho minhas percepções e convicções políticas - as quais mudaram radicalmente ao longo de meu pouco tempo de vida, visto que sempre fui educado para ser um socialista e, por pouco, não virei militante [embora usasse estrela no peito e desenhasse foices e martelos no caderno da escola] mas, hoje, me reconheço um "ex-idiota útil" - e quero usá-las de maneira responsável, de modo que não precisamos de "reformas políticas" ou de "novas leis de engenharia social", mas sim do fim de toda essa parafernalha política que tomou conta da América Latina e, sobretudo, de um novo "Renascimento Cultural", para destituir essa auto-persuasão hipnótica transfigurada de intelectualidade


Mas não é esse o verdadeiro tema deste texto. 

Esses comentários iniciais sobre os últimos acontecimentos do país foram somente para destacar o que mais me tem indignado - ver que essa "cultura de ódio" ou do "eles (opressores) contra nós (oprimidos)" fomentada pelo que se pode chamar (mormente) de "marxismo cultural" - visto que, nesse caso, o conceito de "luta de classes" ou "opressor x oprimido" inicialmente referente à relação "Burguesia x Proletariado" se transfere para TODAS as esferas das relações humanas [homens x mulheres/feminismo, negros x brancos/combate ao racismo, LGBTs x héteros/movimentos de gênero, periferia x classe alta etc.] - está atingindo a comunidade cristã de maneira sorrateira e perversa, dividindo os cristãos em "cristãos de esquerda/progressistas e cristãos de direita/conservadores". De um modo meio que imperceptível, os que deviam ser conhecidos como discípulos de Seu Mestre pelo amor [como o próprio Cristo havia dito] destilam ódio contra a posição política diversa nas redes sociais [ou mesmo diretamente, uns contra os outros] e parecem não sentir o menor pesar ou culpa por desobedecer tão levianamente o Mestre que diz ser o Salvador e Senhor deles. Isto é, se a nossa "sumidade política" ou nossa "ideologia social" passa a ser "intocável" - assim como os tais "ungidos do Senhor" que tanto criticamos em nossas zueiras de "cristão hipster e descolado" - , precisamos reconhecer que estamos sendo idólatras. E Deus, o mesmo Deus que julgamos estar servindo, não tolera idolatria e nem tolera idólatras, de modo que estes já tem seu destino reservado - o lago que arde com fogo e enxofre, a segunda morte. Não posso imaginar nada mais desesperador do que isso. 


Contra tudo isso, cito um trecho do capítulo mais belo de toda a Bíblia (em minha opinião), onde se lê:

Eu não rogo somente por estes, mas também por aqueles que, pela palavra deles, hão de crer em mim;
Para que todos sejam um, como Tu, ó Pai, o és em mim, e eu em Ti; que também eles sejam um em Nós, para que o mundo creia que Tu me enviaste.
E eu lhes dei a glória que me deste, para que sejam um, como Nós somos Um.
Eu neles, e Tu em mim, para que sejam perfeitos em unidade, para que o mundo conheça que Tu me enviaste a Mim e que os tens amado como me tens amado a Mim. 
[João 17, vs. 20-23]

Não há como ser mais claro, indubitavelmente claro - enquanto a cultura de "todos contra todos" nos perverter a ponto de, por exemplo, defendermos ideologias políticas genocidas e totalitárias [inclusive contra nós, cristãos - sendo assim, quero ver os "missionários vocacionados pelo Senhor" irem pra Coreia do Norte (típico país comunista democrático e próspero) serem fuzilados ou para verem suas filhas sendo estupradas e queimadas vivas... ora, é bem melhor ficar aqui no nosso "Brasil capitalista" mesmo, não é?], estaremos de fora dessa oração de Jesus. Em outras palavras, Jesus não orou por você caso você esteja contra o seu irmão (pelo qual Jesus também morreu) em nome de seus "posicionamentos políticos" [muitas vezes equivocados e imbecis] ou de qualquer outra causa pois, quando o Evangelho está em jogo, não existe ponderação - ou estou do lado do Evangelho, ou estou contra Cristo, uma vez que "quem com Ele não ajunta, espalha". E, se Jesus não orou por você, você não será alguém que fará com que outros creiam Nele - não importa se você estuda Missões em seminário ou escola teológica, não importa o quanto você pense ter um "chamado"... sério, não se iluda mesmo -, você não será co-participante da glória de Deus nem mesmo desfrutará do eterno amor do Pai. Nesse contexto, é pertinente mencionar uma adaptação de um escrito de Paulo: não destruas por causa de política aquele por quem Cristo morreu. Que Ele me ajude, sempre, a não ser seduzido pelo ódio mas me alicerce em amor [ora, como se disse certa vez, "o amor é o maior inimigo da revolução" - portanto, quanto mais amor for manifestado, melhor será].


Finalmente, se algum de nós está no risco de não ser participante da glória de Deus ou de desfrutar de Seu amor, esse é o estado de qualquer pecador sob a condenação divina - sua religiosidade, o número de projetos missionários nos quais você foi, suas simpatias religiosas, tudo isso aí não vale nada - e, portanto, o único caminho seguro para ser livre desse juízo iminente e implacável é correr para a cruz a fim de olhar para Cristo, contemplando suas feridas e vendo o seu sangue vertido para remissão dos pecados, de modo a ser levado ao arrependimento [inclusive desse "ódio" mencionado no texto] para crer nEle como o Único que pode salvar pecadores. O Evangelho de Jesus Cristo não é uma "filosofia sócio-econômica" baseada na busca ávida pela hegemonia total, cujo mantra é "mentir, mentir, mentir e matar, matar, matar". Nem mesmo é um outro extremo que acaba tendo resultados análogos, embora sem a mesma intencionalidade. O Evangelho do Reino (do Reino que não é desse mundo, que não consiste em palavras mas em virtude e cujo Rei é Deus, e não um Estado) é o Deus Eterno, o Criador e Sustentador de tudo e todos, vindo ao mundo em forma de escravo na pessoa de um judeu chamado Jesus, o Qual humilhou-se a Si mesmo a ponto de morrer numa cruz para redimir pecadores indignos, ressuscitando dos mortos para um dia julgar o mundo com justiça

Se você defende ou prega qualquer coisa que contraria isso, você não é de Cristo e sim um enganador. Por outro lado, se você ainda não crê no Evangelho, creia no Filho de Deus e seja salvo - olhe agora para Ele e seja iluminado em meio a suas densas trevas, creia Nele e não seja mais confundido, renda-se a Ele e tenha a vida eterna.






Pela alegria de ser Um com Ele e com meus irmãos,






Soli Deo Gloria!